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OUTRO LADO
Instituições apontam "pressões de custo" para justificar as altas
DA SUCURSAL DO RIO
Os bancos afirmam que praticam tarifas competitivas e que
"pressões de custo" justificaram
os aumentos dos seus preços nos
últimos dois anos. Informam ainda que os valores correspondem
apenas às tarifas para pessoa física, e não a uma média do que é cobrado dos clientes.
O Bradesco informou, por meio
de sua assessoria de imprensa,
que "as tarifas bancárias são a forma de remuneração pelos serviços prestados aos clientes e têm a
finalidade de ressarcir parte dos
custos operacionais".
O banco informa ainda que tem
"uma das tarifas mais competitivas do mercado". Segundo a instituição, os recursos "são revertidos
para os próprios clientes, por
meio dos maciços investimentos
que o banco faz na aquisição de
alta tecnologia".
Já o Itaú ressalta que as tarifas
de pessoas físicas são apenas um
componente das receitas com
prestação de serviços, que englobam também administração de
fundos e recursos, cobrança, custódia, arrecadações, operações de
crédito, administração de consórcios, rendas de garantias prestadas e outros.
O banco afirma, porém, que não
existe uma medida de aumento
médio da tarifas, pois a ponderação é muito "complexa".
O Itaú ressalta ainda que o "relacionamento" do cliente com o
banco "atenua os reajustes" adotados. Ou seja: as tarifas caem de
acordo com o valor dos depósitos,
financiamentos e investimentos
de cada cliente.
Pressão de custos
Já o ABN-Real afirma que a tarifa do cartão magnético ficou congelada de 1996 a outubro do ano
passado e que o motivo do aumento foi "pressão de custos".
Afirma ainda que, se os clientes
optarem por pacotes de tarifas
com preço mensal fixo pagará
menos.
O HSBC informou que fez reajustes "mínimos", com altas sempre inferiores a 30% em todos os
serviços. O banco também citou o
aumento de custos como razão
para a correção das tarifas. Informou ainda que 98% dos clientes
usam pacotes, com preço fixo de
R$ 29 ao mês.
Ao justificar os aumentos, a Caixa Econômica Federal informou
que eles ocorreram em razão de
reajuste nos contratos com fornecedores.
O banco informa ainda que entre as 53 principais tarifas de conta corrente apenas 13 sofreram alteração no período -uma delas
caiu 28,57% (licenciamento de
veículo através da internet). Na
média, afirma a Caixa Econômica, as tarifas apresentaram variação de 19,8%.
Já o Banco do Brasil informou,
por meio de sua assessoria de imprensa, que a diretoria do banco
não se manifestaria sobre o aumento das tarifas bancárias nos
últimos dois anos.
O Unibanco não havia respondido às solicitações da reportagem da Folha até o fechamento
desta edição.
Procurado, o Banco Central
também não se manifestou sobre
as críticas à sua atuação como
agente regulador do sistema bancário.
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