São Paulo, terça-feira, 11 de janeiro de 2005

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FINANCIAMENTO

Crescimento foi de 14% em relação a 2003

Com R$ 40,7 bi, BNDES faz maior volume de desembolsos da história

GUILHERME BARROS
EDITOR DO PAINEL S.A.

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) fechou 2004 com um total de desembolsos de cerca de R$ 40,7 bilhões, o maior volume de liberações da sua história. Embora tenha ficado abaixo dos R$ 47 bilhões previstos, o resultado representa um crescimento real (acima da inflação) de 14% em relação aos R$ 33 bilhões de 2003.
O total de liberações do BNDES chama a atenção pelo fato de o dinheiro liberado pelo banco representar mais de 20% do total de crédito do sistema financeiro privado nacional. A diferença é que o BNDES é o único banco no país voltado para financiar de investimentos a longo prazo.
O total de liberações do BNDES no ano passado foi apontado como um dos motivos da saída de Carlos Lessa da presidência do banco em novembro. O que se argumentou na época foi o fato de Lessa não ter cumprido a meta prevista de R$ 47 bilhões. O resultado do ano passado, no entanto, não pode ser considerado ruim, já que representou um novo recorde do banco.

Perspectivas
Para 2005, a meta do BNDES é bem mais arrojada. A previsão é de um desembolso de R$ 60 bilhões, um aumento de quase 50% em relação ao orçamento de 2004.
Guido Mantega, atual presidente do BNDES, tem dito que espera cumprir o orçamento. O melhor termômetro que ele possui são as consultas a novos investimentos. O total dessas consultas somou no ano passado cerca de R$ 100 bilhões, mais do que o dobro de 2003. O número indica que há mais disposição do empresário investir hoje do que em 2003.
As condições da economia, hoje, também são muito melhores do que no final de 2003. Há pouco mais de um ano, o Brasil estava saindo do período de desaquecimento da economia que marcou o primeiro ano do governo Lula. Hoje, as expectativas são mais positivas.
No orçamento do ano passado, os grandes destaques foram os empréstimos às pequenas e médias empresas, que tiveram um crescimento superior a 20%, e a nova linha de capital de giro atrelada à geração de empregos, a Progeren, que representou um desembolso de cerca de R$ 3 bilhões.


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