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TRABALHO
Nova reivindicação, menor, pode levar a acordo a ser anunciado hoje
Centrais querem mínimo de R$ 360
DA FOLHA ONLINE
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
As centrais sindicais vão apresentar hoje ao ministro do Trabalho, Luiz Marinho, uma nova proposta para levar o salário mínimo
para R$ 360 a partir de 1º de maio.
A proposta foi fechada numa reunião realizada ontem entre as
principais sindicais do país. O salário mínimo está hoje em R$ 300.
O valor é menor que os R$ 400
reivindicados inicialmente pelas
centrais, mas está acima dos R$
321 previstos na proposta de Orçamento do governo para 2006.
A tendência é que na reunião de
hoje seja anunciado o novo valor
do mínimo. Essa será a quarta
reunião entre governo e sindicalistas para tratar do assunto. No
último encontro -em dezembro
do ano passado-, ficou combinado que o aumento seria decidido na reunião seguinte, que ficou
marcada para hoje.
O fato de as centrais sindicais terem revisto ontem sua proposta
de reajuste de R$ 400 para R$ 360
deverá facilitar a negociação. Até
agora, as centrais estavam irredutíveis e só aceitavam o aumento
para R$ 400, o que acabou levando a negociação ao impasse.
Em contrapartida, as centrais
querem vincular o reajuste do mínimo à correção de 10% da tabela
do Imposto de Renda.
"Se não houver correção da tabela de IR, também não terá acordo para o salário mínimo", afirmou o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho. Para o presidente da CGT
(Confederação Geral dos Trabalhadores), Antonio Carlos dos
Reis, o Salim, o novo salário reivindicado pelas centrais não é o
ideal. "Não podemos ter a ilusão
de pedir um valor que o governo
não terá condições de pagar."
O presidente Lula quer um reajuste para R$ 350. A equipe econômica, no entanto, pressiona
por um aumento menor: R$ 340.
Já o reajuste da tabela do Imposto
de Renda, que vai contra o desejo
do ministro Antonio Palocci Filho
(Fazenda) e de seus assessores,
pode ficar em torno de 7%.
O presidente da CUT, João Felício, disse que as centrais rejeitam
a proposta de elevar o mínimo para R$ 350. "Nossa proposta foi fechada com muita unidade entre
as centrais e está vinculada à correção da tabela de IR."
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