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Acionistas dizem que compra ainda não fechou
DA SUCURSAL DO RIO
Os acionistas controladores
da Telemar Participações (controladoras do grupo Oi) confirmaram, pouco antes da abertura dos negócios na Bovespa,
que estão em negociação para a
compra do controle acionário
da Brasil Telecom e que as conversas entre os acionistas dos
dois grupos haviam se acelerado nas últimas horas.
A declaração foi feita por
meio de fato relevante enviado
à Bovespa e à CVM (Comissão
de Valores Mobiliários), que
havia pedido esclarecimentos
às duas concessionárias, diante
do vazamento da informação,
pelo site da revista "Veja", no final da tarde de anteontem, de
que a Oi oferecera R$ 4,8 bilhões pela compra do controle
da Brasil Telecom.
A empresa não contestou a
cifra, mas disse que os valores
discutidos durante os entendimentos são ""meramente indicativos" e dependerão da estrutura e da configuração do negócio, se for concluído.
Executivos dos fundos de
pensão acionistas da BrT asseguravam, no início da noite de
ontem, que, se aparecerem outros candidatos com proposta
de preço maior do que a da Oi, a
aceitariam. Segundo um diretor ouvido pela Folha, os fundos não teriam compromisso
com o discurso nacionalista de
criação de uma grande tele nacional para se contrapor a grupos como Telefónica e Telmex.
Segundo esse executivo, a
proposta de preço da Oi foi
considerada atraente pelos
acionistas controladores da
BrT (Citibank e fundos de pensão), que vêm preparando a
empresa para a venda desde
2005, quando assumiram a
gestão da companhia, afastando o grupo Opportunity. O Citi
enfrenta sérias dificuldades na
crise financeira nos EUA.
Fundos
Executivos dizem que a principal ponta por amarrar na negociação com a Oi é a participação dos fundos de pensão no
controle da nova Oi. Os fundos
têm 19,9% do capital da Telemar Participações (que controla as operadoras de telefonia fixa e móvel), por intermédio de
uma empresa chamada Fiago, e
querem ampliá-la.
A Fiago faz parte do bloco de
controle da Telemar, mas foi
afastada da gestão pela Anatel
(Agência Nacional de Telecomunicações) pelo fato de os
fundos também serem controladores da BrT. Com a venda da
BrT, eles podem reassumir
seus direitos na Oi.
(ELVIRA LOBATO)
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