São Paulo, sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

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Custos tendem a ser maiores para indústria

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Ainda não é possível dimensionar o impacto do aumento do uso das termelétricas na tarifa do consumidor residencial. Esse número irá variar de distribuidora para distribuidora. O aumento do custo é rateado por todos os consumidores e poderá ser pouco visível na conta.
Se os consumidores residenciais podem contar com um repasse mais diluído do aumento de custos, nos grandes consumidores (como indústrias), que compram energia no chamado mercado livre e precisam fechar novos contratos, o impacto é mais direto.
Nesses casos, o que conta mais não é o aumento de custo provocado pelo uso de termelétricas, e sim o aumento do preço da energia de curto prazo, que reflete o baixo nível dos reservatórios.
Para que a água seja mantida nos reservatórios, as hidrelétricas produzem menos energia, e termelétricas são acionadas para fornecer o restante. A energia hidrelétrica é mais barata que a termelétrica. Quanto mais energia termelétrica for gerada, maior o custo de compra de energia para as distribuidoras, que repassam esse aumento para seus consumidores na data prevista para o reajuste anual.
Na terça-feira, as usinas termelétricas (a gás e a óleo, sem contar as nucleares) geraram 4.855 MW (megawatts) médios -7,78% do total da energia produzida. No ano passado, nessa mesma data, haviam gerado 1.781 MW médios -3,32% do total. A participação das termelétricas quase triplicou em um ano. Quanto maior a participação delas, maior o custo da energia.


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