São Paulo, sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

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Bernanke anima investidor, e Bolsas fecham em alta

Bovespa avança 1,34% com expectativa de que EUA voltem a reduzir os juros

Nos EUA, Dow Jones sobe 0,92%; aumenta a expectativa de que o Federal Reserve reduza taxa em 0,5 ponto percentual

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

O discurso de Ben Bernanke, presidente do Fed (o banco central dos EUA), reforçou as apostas do mercado financeiro de que haverá uma nova redução nos juros básicos americanos. As Bolsas de Valores nos EUA, após muito oscilarem, fecharam com valorizações. Na Bovespa, a alta no pregão de ontem ficou em 1,34%, o que a conduziu aos 63.515 pontos.
O mercado de câmbio brasileiro também refletiu o clima mais tranqüilo no dia: o dólar recuou 0,73% e encerrou vendido a R$ 1,757.
Para o mercado acionário, juros menores representam a possibilidade de uma migração de recursos antes alocados em papéis da dívida, especialmente nos títulos do Tesouro dos Estados Unidos. Como esses papéis passam a dar rentabilidade menor, os investidores tendem a aceitar correr mais riscos para ter melhores retornos, sendo a Bolsa um dos destinos.
O índice Dow Jones, que agrupa as ações americanas mais negociadas, encerrou ontem com alta de 0,92%. A Bolsa eletrônica Nasdaq subiu 0,56%.
Segundo operadores, o mercado futuro de juros norte-americano passou a projetar a expectativa majoritária de que a taxa básica dos EUA cairá de 4,25% para 3,75% anuais. Até o começo da semana, as projeções apontavam mais fortemente para uma redução dos juros para 4% anuais.
O Fomc (comitê do banco central dos EUA que define os juros) vai se reunir nos próximos dias 29 e 30.
"Vi uma ênfase maior no discurso do Bernanke no sentido de que haverá novo corte de juros. O recado foi muito nítido e uma redução de 0,5 ponto passou a ser o mais provável", diz José Francisco Gonçalves, economista-chefe do Banco Fator.
Na Europa, os mercados tiveram pregões mais mornos. Tanto o BCE (Banco Central Europeu) quanto o Banco da Inglaterra mantiveram suas taxas de juros inalteradas, em 4% e em 5,5%, respectivamente.
A Bolsa de Frankfurt encerrou em baixa de 0,89%, e a de Londres recuou 0,80%.
"Vivemos ainda um momento de muitas incertezas. Temos nos deparado com dados econômicos bastante ambíguos nos EUA. Assim, seguirá forte a volatilidade no mercado financeiro mundial", diz Newton Rosa, economista-chefe da Sul América Investimentos.
Para a Bolsa brasileira, onde cerca de 35% das operações estão nas mãos de investidores estrangeiros, a queda de juros nas principais economias pode representar um estímulo extra.
No pregão de ontem, as ações do grupo Oi (antiga Telemar) voltaram a ser destaque.
No topo das valorizações do índice Ibovespa, apareceu a ação Telemar PN, com ganhos de 13,60%. O papel Telemar Norte Leste PNA subiu 5,43%. O mercado esperava a confirmação da compra da Brasil Telecom pela empresa.
As ações da Brasil Telecom, que estiveram entre as que mais subiram na semana passada, terminaram em queda ontem. O papel PN da Brasil Telecom teve baixa de 4,54%.


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