São Paulo, sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

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Indústria de SP tem a 1ª queda desde o início de 2007

Levantamento do IBGE de novembro cobre 14 regiões

PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO

CIRILO JUNIOR
DA FOLHA ONLINE, NO RIO

Pela primeira vez desde janeiro do ano passado, a indústria paulista pisou no freio e viu sua produção cair: a retração foi de 1,6% em novembro na comparação livre de influências sazonais com outubro. Das 14 regiões pesquisadas, houve redução em sete, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Há três meses a produção industrial em São Paulo se mantinha em alta, após a estabilidade de julho. O tombo de novembro decorre do fraco desempenho das indústrias automobilística e de equipamentos de transporte, segundo o o IBGE.
O Paraná teve a maior queda - 9,1%-, sob impacto da forte base de comparação com outubro, quando a indústria daquele Estado havia crescido 14,1%.
De outubro para novembro, também apresentaram taxas negativas Amazonas (-2,6%), Rio de Janeiro (-2,5%), Santa Catarina (-1%), Ceará (-0,8%) e Pará (-0,7%). Na média nacional, a indústria registrou queda de 1,8% em novembro na taxa sem influências sazonais.
Tiveram desempenho positivo Espírito Santo (2,6%), Minas Gerais (1,3%), Bahia (0,9%), Goiás (0,8%), Rio Grande do Sul (0,6%) e Pernambuco (0,6%). Na região Nordeste, o índice ficou estável.
Para o IBGE, a freada de novembro não sinaliza o fim de um período de expansão da produção fabril. "Esses indicadores demonstram que o resultado negativo de novembro não altera a trajetória de crescimento verificada ao longo de 2007", afirmou o economista André Macedo, da Coordenação de Indústria do instituto.
Segundo Macedo, a perda de fôlego da indústria está relacionada também ao "efeito-calendário", pelos dois dias úteis a menos no mês de novembro em relação a outubro.
Se na comparação com outubro a indústria patinou, manteve forte ritmo de expansão em relação a 2006. Apenas o Pará teve queda (2%) ante novembro de 2006. Na média da indústria, a expansão foi de 6,7%.
No acumulado de janeiro a novembro, todas as regiões registraram crescimento, com destaque para Minas Gerais (8,8%), Rio Grande do Sul (8%), Paraná (7,1%), Espírito Santo (6,7%) e São Paulo (6,1%). A expansão média nacional no período foi de 6%.


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