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São Paulo, terça-feira, 11 de fevereiro de 2003

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ANO DO DRAGÃO

Pesquisa do BC com o mercado vê novo aumento de preços e juros

Inflação ainda gera pessimismo

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O mercado continua pessimista em relação ao comportamento da inflação neste ano, o que abre a possibilidade de o Banco Central voltar a elevar os juros na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do BC), marcada para a semana que vem.
Segundo levantamento feito pelo próprio Banco Central entre bancos e empresas de consultoria, estima-se que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) fique em 11,84% neste ano, contra 11,44% da pesquisa anterior.
As projeções para a taxa Selic também subiram: agora, o mercado espera que os juros caiam para 21% ao ano até dezembro. Antes, previam-se 20,5%.

Meta
O objetivo do BC é manter a inflação em 8,5%. Quando o cumprimento dessa meta é ameaçado, elevam-se os juros, na tentativa de esfriar a economia e desestimular os reajustes de preços.
No mês passado, na primeira reunião depois da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Copom elevou os juros básicos da economia, a taxa Selic, de 25% para 25,5% ao ano. A justificativa apresentada foi a necessidade de trazer as "expectativas de inflação para a trajetória das metas de inflação".

Ainda sobe
Desde então, a expectativa de inflação medida pela pesquisa do BC continuou a subir. No dia da reunião do Copom, o levantamento projetava uma inflação de 11,35% para este ano.
Se prevalecer a lógica da reunião passada, o Copom pode aumentar os juros na próxima semana numa nova tentativa de conter esse pessimismo.
O receio do Banco Central é que a expectativa de uma inflação alta estimule as empresas a remarcarem seus preços. A elevação dos juros serviria, então, para que o governo ganhasse a confiança do mercado.


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