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ANO DO DRAGÃO
Pesquisa do BC com o mercado vê novo aumento de preços e juros
Inflação ainda gera pessimismo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O mercado continua pessimista
em relação ao comportamento da
inflação neste ano, o que abre a
possibilidade de o Banco Central
voltar a elevar os juros na próxima reunião do Copom (Comitê
de Política Monetária do BC),
marcada para a semana que vem.
Segundo levantamento feito pelo próprio Banco Central entre
bancos e empresas de consultoria,
estima-se que o IPCA (Índice de
Preços ao Consumidor Amplo) fique em 11,84% neste ano, contra
11,44% da pesquisa anterior.
As projeções para a taxa Selic
também subiram: agora, o mercado espera que os juros caiam para
21% ao ano até dezembro. Antes,
previam-se 20,5%.
Meta
O objetivo do BC é manter a inflação em 8,5%. Quando o cumprimento dessa meta é ameaçado,
elevam-se os juros, na tentativa de
esfriar a economia e desestimular
os reajustes de preços.
No mês passado, na primeira
reunião depois da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o
Copom elevou os juros básicos da
economia, a taxa Selic, de 25% para 25,5% ao ano. A justificativa
apresentada foi a necessidade de
trazer as "expectativas de inflação
para a trajetória das metas de inflação".
Ainda sobe
Desde então, a expectativa de
inflação medida pela pesquisa do
BC continuou a subir. No dia da
reunião do Copom, o levantamento projetava uma inflação de
11,35% para este ano.
Se prevalecer a lógica da reunião
passada, o Copom pode aumentar os juros na próxima semana
numa nova tentativa de conter esse pessimismo.
O receio do Banco Central é que
a expectativa de uma inflação alta
estimule as empresas a remarcarem seus preços. A elevação dos
juros serviria, então, para que o
governo ganhasse a confiança do
mercado.
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