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G7 teme que crédito ruim
gere perdas de US$ 400 bi
Ricos pedem fim de subsídios ao petróleo na Ásia
DA REPORTAGEM LOCAL
O G7, grupo dos sete países
mais ricos do mundo, teme que
as perdas com os créditos imobiliários de alto risco nos EUA
cheguem a US$ 400 bilhões, segundo Peer Steinbrück, ministro alemão da Economia.
Até o momento, as perdas assumidas pelos bancos com esses papéis somam US$ 120 bilhões. No ano passado, o Federal Reserve (BC dos EUA) estimava os prejuízos entre US$
100 bilhões e US$ 150 bilhões.
Reunidos em Tóquio, ministros de Economia e presidentes
de BCs dos EUA, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá fizeram um apelo
para que as instituições financeiras reconheçam o mais rápido possível todas as perdas provenientes desse mercado.
A crise das hipotecas americanas de alto risco emergiu no
segundo semestre do ano passado e, desde então, tem motivado aperto no crédito e perdas
nos mercados financeiros. Em
janeiro, o quadro se agravou
quando os maiores bancos
americanos divulgaram queda
nos lucros por conta de perdas
contábeis com esses papéis.
O diretor-gerente do FMI,
Dominique Strauss-Kahn, descartou a possibilidade de ajuda
financeira cogitada pelos ministros do G7, dizendo que o
Fundo terá um papel limitado e
mais analítico, como na localização dos problemas relacionados com a crise. "O trabalho do
FMI será mais de análise das ligações entre o setor financeiro
e o real. Mas obviamente os ministros do G7 querem que o
Fundo faça mais do que isso."
O presidente do BC italiano,
Mario Draghi, não descartou a
possibilidade de ajuda dos governos aos bancos, mas destacou que o próprio mercado deve encontrar uma solução.
O G7 concluiu sua cúpula ministerial admitindo que a situação da economia internacional
é "incerta", mas não vê os EUA
caindo em uma recessão. O G7
não descarta "ações conjuntas"
para garantir a estabilidade da
economia internacional.
Óleo sem subsídio
O grupo pediu também o fim
dos subsídios ao petróleo adotados na China, Índia e Indonésia para proteger os consumidores dos elevados preços de
energia. "Deveria evitar-se baixar artificialmente os preços da
energia por meio de medidas
fiscais", diz o comunicado.
O fim do subsídio ao petróleo
poderia amenizar a procura em
alguns dos países de maior
crescimento econômico, aliviando as pressões sobre os
preços. O governo chinês paga
compensações às refinarias
que vendem combustível a preços mais baixos. Só a maior refinaria do país (Sinopec) recebeu
subsídios equivalentes a R$ 3,5
bilhões nos últimos dois anos.
Na Índia, as refinarias receberam R$ 4,9 bilhões em subsídios, e, na Indonésia a ajuda deve ficar em R$ 20,3 bilhões.
O G7 fez ainda um apelo para
que os países exportadores de
petróleo elevem a produção.
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