São Paulo, Quinta-feira, 11 de Março de 1999
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PAPÉIS
Presidente soou o sino em Wall Street
Ações da Gerdau são lançadas nos EUA

SANDRA BALBI
Enviada especial a Nova York

Quando a Gerdau, um dos maiores grupos siderúrgicos do país, iniciou o processo de colocação de ADRs (American Depositary Receipts) nível dois na Bolsa de Valores de Nova York, há um ano, o Brasil não era a Tailândia nem a Rússia.
Ontem, quando o presidente da empresa, Jorge Gerdau Johannpeter, fez soar o sino que diariamente dá início ao pregão da Nyse (New York Stock Exchange), num ritual que marcou a estréia da empresa na Bolsa americana, o Brasil é o epicentro da crise financeira internacional. E isso afeta o preço e a liquidez do papel.
O presidente da empresa, entretanto, espera atrair investidores americanos para sua companhia driblando o "risco Brasil".
"Somos uma empresa saudável, com faturamento de US$ 2,3 bilhões anuais e que está em processo de globalização. O investidor americano olha para o longo prazo", afirma Johannpeter.
ADR é um título emitido lá fora, custodiado por um banco americano, no caso o New York Bank, e que representa a ação de uma empresa estrangeira. A Gerdau já possuía, desde 97, ADRs de nível um que são negociados apenas no chamado mercado de balcão, para investidores profissionais. Agora está disponível para todos os investidores.
O primeiro negócio com os papéis da Gerdau, simbolizados pela sigla GGB, foi realizado por US$ 7,12 acompanhando o patamar das cotações da ação no fechamento da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), no dia anterior. "Os mercados têm vasos comunicantes e por isso as cotações tendem a caminhar próximas", diz Osvaldo Schirmer, diretor financeiro da empresa.
Foi uma compra simbólica, de 50 ADRs (correspondentes a 50 mil ações preferenciais), feita pela própria Gerdau para dar o pontapé inicial nas transações.


A jornalista Sandra Balbi viajou a Nova York a convite da Gerdau


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