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Diretor italiano
no FMI reage
com ceticismo
DE WASHINGTON
Pier Carlo Padoan, diretor-executivo do FMI e representante da Itália na instituição, afirma que será preciso "esperar para ver" se a
Argentina cumprirá sua
promessa de levar adiante,
em novas condições, sua negociação com os credores
privados.
Na primeira revisão do
atual acordo, no final de
2003, a Itália se absteve de
votar a favor da Argentina
com outros sete países. Leia
entrevista que Padoan concedeu à Folha.
(FCz)
Folha - A negociação com a
Argentina entrou em uma nova fase positiva?
Pier Carlo Padoan - A revisão ainda não foi discutida
no comitê executivo. O que
temos por enquanto é uma
carta de intenções que, espero, demonstra que os argentinos estão dispostos a negociar com boa-fé com seus
credores. É algo que não tínhamos no passado. Esse é
um ponto positivo, mas teremos que esperar para ver, na
prática, como isso vai evoluir. A Argentina fez uma
única proposta a seus credores no ano passado e nunca
mais negociou. A promessa
das autoridades argentinas
deve agora ser seguida por
fatos. Isso é o que o governo
da Itália tem dito claramente
em várias ocasiões.
Folha - O chefe-de-gabinete
argentino, Alberto Fernandez, disse hoje (ontem) que
não haverá nova proposta.
Padoan - Isso é totalmente
contraditório com o que esperamos. Negociar implica
mudar de visão sobre algo,
não adotar uma posição unilateral. É preciso uma oferta
que satisfaça os dois lados.
Se os argentinos estão dizendo isso, temos um problema,
pois é totalmente diferente
do que assinaram na carta de
intenções.
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