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País inicia "corrida"
para negociar dívida
DA REPORTAGEM LOCAL
A despeito das declarações do
governo, que alardeia vitória em
suas tratativas com o FMI (Fundo
Monetário Internacional), analistas argentinos consideram que, a
partir de agora, a Argentina inicia
uma outra corrida: a de firmar até
junho um acordo com os credores de sua dívida externa.
Esse período é considerado chave pelo seguinte motivo: será
quando começarão as negociações para as metas de superávit
primário de 2005 e de 2006. Isso
partindo do pressuposto de que a
Argentina pretenda renovar o
acordo, que expira em setembro.
Terceiro maior devedor individual do Fundo, o país deve à instituição US$ 16,3 bilhões até 2008.
"Não cabe a discussão sobre
quem cedeu ou não para chegar a
um acordo", diz Daniel Artana,
economista da Fundação Fiel. "O
que interessa é avançar na reestruturação da dívida. Os pontos
estabelecidos nesse novo acordo
com o Fundo visam apressar a renegociação com os credores."
Pelo acordo, o FMI deixou de
estabelecer um patamar mínimo
de 80% de adesão de credores a
uma proposta da Argentina. O
texto diz que o governo tentará
adesão "mais alta possível".
Por ora, parece existir um item
de convergência entre os economistas: a proposta de honrar apenas 25% dos US$ 88 bilhões que o
país diz dever a seus credores privados dificilmente terá grande
adesão. "É uma proposta ridícula.
E mais ridículo é o governo dizer
que é inegociável", diz Jorge Ávila, do Centro de Estudos Macroeconômicos da Argentina.
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