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Governo discute
proposta para
termelétricas
DA SUCURSAL DO RIO
Representantes dos ministérios
da Fazenda e das Minas e Energia,
da Agência Nacional do Petróleo e
da Petrobras discutirão hoje em
Brasília a nova proposta para desatar o nó cambial que está segurando os investimentos nas termelétricas. A Petrobras propõe a
criação de uma "conta gás", que
seria zerada anualmente com o
repasse da variação cambial para
o consumidor.
O secretário-executivo de Energia do Ministério das Minas e
Energia, Afonso Henriques, disse
ontem que a proposta visa atenuar os impactos para o consumidor e para a cadeia produtiva. Ele
falou na criação de uma "espécie
de PPE (Parcela de Preço Específica) do gás", um mecanismo de
crédito e débito que manteria o
reajuste anual das tarifas. A PPE é
o que o governo arrecada com a
diferença entre o preço do petróleo no mercado externo e o dos
combustíveis no interno.
O mercado espera uma saída
para uma equação que, aos olhos
do investidor, não fecha: os custos
de equipamentos e da matéria-prima (gás) estão em dólar, enquanto a receita vem em real. Na
Petrobras, discute-se a fixação do
preço de fornecimento de gás nos
atuais US$ 2,475 por milhão de
BTUs (preço do Programa Prioritário de Termelétricas) por um
ano. No aniversário, seriam contabilizadas as variações cambiais
para ver se a Petrobras teve prejuízo ou lucro. O prejuízo seria repassado ao consumidor.
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