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Inflação de alimentos causa reação global
Alta nos preços complica políticas econômicas em momento de crise e põe em risco ganhos recentes no combate à fome
Biocombustíveis são vistos como vilões, e G8 deve discutir medidas em breve; analistas não esperam recuo nos preços em curto prazo
DA REDAÇÃO
Líderes de diferentes regiões
colocaram ontem a disparada
no preço dos alimentos no centro das prioridades globais.
E tentam articular alguma
forma de ação conjunta, que, se
concretizada, pode ter repercussões importantes no Brasil,
um dos principais produtores
de alimentos do mundo. O país
também sofre com a inflação
mais alta, mas lucra com o aumento de preço das commodities que exporta.
Segundo a ONU e ONGs de
ajuda humanitária, a alta de alimentos já ameaça ganhos no
combate à fome nos últimos
anos, o que levou o premiê britânico, Gordon Brown, a pedir
que o G8 (grupo dos países mais
industrializados e a Rússia) discuta o assunto.
O álcool combustível, prioridade do agronegócio brasileiro,
é visto por alguns como vilão da
cena porque o uso do milho para a fabricação de etanol nos
EUA é um dos principais responsáveis pela inflação alimentar, ao tirar terra de outros cultivos, reduzindo sua oferta.
A alta dos alimentos ocorre
ainda num momento de crise
financeira e retração do crédito, mas os bancos centrais temem cortar juros para elevar a
liquidez, pois isso pode alimentar ainda mais a inflação.
Com países emergentes superpopulosos como China e Índia consumindo cada vez mais
alimentos, analistas vêem pouca chance de queda dos preços
no curto prazo.
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