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BALANÇO
Desaceleração mundial foi a responsável pela queda, mas empresa espera compensar perda com alta da gasolina
Lucro da Petrobras cai 69% no trimestre
DA SUCURSAL DO RIO
A Petrobras foi afetada pela desaceleração da atividade econômica mundial, que contribuiu para a redução de 69% do lucro líquido da companhia nos três primeiros meses de 2002 em relação
ao quarto trimestre do ano passado. No período, o lucro da Petrobras foi de R$ 866 milhões, contra
R$ 2,823 bilhões do quarto trimestre do ano passado.
Em relação ao resultado dos três
primeiros meses do ano passado,
quando a empresa lucrou R$
2,275 bilhões, a queda foi de 62%.
O diretor financeiro da Petrobras, João Nogueira Batista, justificou o resultado como um fenômeno mundial que atingiu todas
as companhias mundiais do setor.
A tendência, segundo o executivo, é de a companhia compensar
a redução acentuada neste trimestre, quando já serão contabilizados os benefícios dos últimos reajustes dos preços da gasolina, nos
meses de março e abril deste ano.
"Fatores como a desaceleração
da economia americana e a guerra do Oriente Médio, que contribuíram para a retração da demanda internacional, foram responsáveis pela compressão das margens [lucro" do refino, segmento
que mais afetou o resultado", disse Nogueira Batista.
Nos três primeiros meses deste
ano, a Petrobras contabilizou receita operacional líquida de R$
11,239 bilhões, 17% menos do que
a receita do quatro trimestre de
2001, de R$ 13,464 bilhões. Na
comparação com o mesmo período do ano passado, quando a empresa faturou R$ 13,5 milhões, a
queda também foi de 17%.
A geração de caixa (Ebitda) no
primeiro trimestre de 2002, de R$
2,383 bilhões, também foi 26% inferior aos R$ 3,207 bilhões do
quarto trimestre do ano passado.
Na comparação com os três primeiros meses de 2001, quando a
Petrobras obteve geração de caixa
de R$ 4,752 bilhões, a queda é ainda maior, de 50%.
Futuras emissões
Nogueira Batista anunciou ontem que a empresa vai agilizar os
procedimentos burocráticos na
SEC (Securities and Exchange Comission, autoridade regulatória
americana dos mercados de capitais) para futuras emissões no
mercado americano. O conselho
da Petrobras aprovou ontem uma
dessas medidas, o registro global
junto à entidade regulatória.
Por meio desse registro, a empresa vai tentar evitar, na prática,
a repetição de fatos como a suspensão da emissão de US$ 500
milhões em papéis no mercado
americano, ocorrida na última semana por conta das incertezas do
mercado acionário americano
com os papéis das grandes corporações internacionais.
"Nós aprovamos essa operação
no dia 23 de março, mas ela só pôde ocorrer na época da suspensão,
praticamente um mês depois", justificou o executivo, ao afirmar
que, na época, não havia o registro global.
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