São Paulo, segunda-feira, 11 de maio de 2009

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Entrada expressiva de capital externo tem alimentado os ganhos da Bovespa

DA REPORTAGEM LOCAL

Um dos pilares da escalada da Bovespa tem sido a entrada expressiva de capital externo no pregão local. Como os investidores estrangeiros são a categoria que mais negocia na Bolsa brasileira atualmente, o aumento de seu apetite por ações tem sido decisivo para o resultado animador alcançado nas últimas semanas.
O problema dessa dependência externa é que nada segura esse capital por aqui: qualquer sinal de piora no cenário internacional pode desencadear uma corrida da Bolsa doméstica, como ocorreu no segundo semestre do ano passado em meio ao agravamento da crise econômica mundial.
Em abril, os estrangeiros trouxeram R$ 3,78 bilhões líquidos para o pregão doméstico. A cifra representou o melhor saldo em 12 meses -ou seja, desde abril do ano passado a diferença entre as compras e as vendas feitas pelos estrangeiros não era tão significativa.
Neste mês, até o dia 6, o balanço das transações feitas com capital externo mostra um avanço ainda mais forte na entrada de recursos. Nesse curto período, o saldo já estava positivo em R$ 2,9 bilhões.
No acumulado deste ano, o balanço da Bolsa mostra que os investidores estrangeiros mais compraram do que venderam ações brasileiras em um montante de aproximadamente R$ 8 bilhões.
Apesar de abundante, a entrada de capital externo ainda não compensou a fuga de 2008, quando R$ 24,6 bilhões deixaram o pregão local, no que foi o pior ano da história.
Os estrangeiros respondem por cerca de 35% do total movimentado na Bolsa no ano. A segunda categoria que mais negocia é a de investidor pessoa física, que responde por 32,6% do total negociado.
Segundo operadores de mercado, o investidor pessoa física tem mais vendido que comprado ações nas últimas semanas, o que ilustra a relevância do dinheiro externo para o atual processo de recuperação.
"Os estrangeiros estão entrando com força na Bolsa e pagando por alguns papéis preços já elevados", afirma André Simões, gestor de fundos do Modal Asset.


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