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Entrada expressiva de capital externo tem alimentado os ganhos da Bovespa
DA REPORTAGEM LOCAL
Um dos pilares da escalada
da Bovespa tem sido a entrada
expressiva de capital externo
no pregão local. Como os investidores estrangeiros são a categoria que mais negocia na Bolsa
brasileira atualmente, o aumento de seu apetite por ações
tem sido decisivo para o resultado animador alcançado nas
últimas semanas.
O problema dessa dependência externa é que nada segura
esse capital por aqui: qualquer
sinal de piora no cenário internacional pode desencadear
uma corrida da Bolsa doméstica, como ocorreu no segundo
semestre do ano passado em
meio ao agravamento da crise
econômica mundial.
Em abril, os estrangeiros
trouxeram R$ 3,78 bilhões líquidos para o pregão doméstico. A cifra representou o melhor saldo em 12 meses -ou seja, desde abril do ano passado a
diferença entre as compras e as
vendas feitas pelos estrangeiros não era tão significativa.
Neste mês, até o dia 6, o balanço das transações feitas com
capital externo mostra um
avanço ainda mais forte na entrada de recursos. Nesse curto
período, o saldo já estava positivo em R$ 2,9 bilhões.
No acumulado deste ano, o
balanço da Bolsa mostra que os
investidores estrangeiros mais
compraram do que venderam
ações brasileiras em um montante de aproximadamente R$
8 bilhões.
Apesar de abundante, a entrada de capital externo ainda
não compensou a fuga de 2008,
quando R$ 24,6 bilhões deixaram o pregão local, no que foi o
pior ano da história.
Os estrangeiros respondem
por cerca de 35% do total movimentado na Bolsa no ano. A segunda categoria que mais negocia é a de investidor pessoa física, que responde por 32,6% do
total negociado.
Segundo operadores de mercado, o investidor pessoa física
tem mais vendido que comprado ações nas últimas semanas,
o que ilustra a relevância do dinheiro externo para o atual
processo de recuperação.
"Os estrangeiros estão entrando com força na Bolsa e pagando por alguns papéis preços
já elevados", afirma André Simões, gestor de fundos do Modal Asset.
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