São Paulo, segunda-feira, 11 de maio de 2009

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Semana terá inflação nos EUA como destaque

No Brasil, dados de varejo e indústria atraem a atenção

DA REPORTAGEM LOCAL

Dados de inflação e da indústria serão os temas principais desta semana. Após o mercado ter atravessado mais uma semana de ganhos elevados, esses indicadores econômicos, se não agradarem, podem favorecer um ajuste das Bolsas.
Amanhã o mercado financeiro terá um importante dado para avaliar, que é o resultado do Orçamento do Tesouro dos EUA. No Brasil, será apresentada a pesquisa industrial de emprego e salário referente a março, divulgada pelo IBGE.
Na quarta-feira, saem a apresentação das vendas no varejo e do nível de estoques no atacado nos EUA. Por aqui, o resultado das vendas no varejo em março vai ser apresentado pelo IBGE na quinta-feira.
"Uma agenda carregada de dados de atividade domina a atenção nesta semana. O PIB da zona do euro e da Alemanha dão o tom no velho continente [na sexta-feira], enquanto as vendas no varejo prometem mexer com os mercados no Brasil. Na China, a produção industrial e a balança comercial irão dar a temperatura do gigante asiático", informa a Gradual Investimentos.
Os dados de inflação começam a aparecer na quinta-feira, quando vai ser apresentado o PPI (índice de preços ao produtor norte-americano). A expectativa do mercado é a de que o índice aponte inflação de 0,1% no mês de abril.
Na sexta-feira, os mercados podem ter o seu dia mais agitado, ao menos se depender dos índices que serão conhecidos.
Nos EUA será apresentado o chamado CPI (índice de preços ao consumidor norte-americano), a produção industrial e a confiança do consumidor.
Para o CPI, a expectativa é que tenha havido estabilidade nos preços no mês de abril, o que pode corroborar a avaliação de que a economia ainda enfrenta fraca recuperação. Analistas dizem que não há previsão para a economia voltar a crescer com mais força.
No caso da produção industrial americana, o que deve chamar a atenção é a utilização da capacidade instalada, para a qual os analistas projetam queda, de 69,3% em março para 68,9% no mês passado.
"Mais uma semana com diversos indicadores, dentre os quais destacam-se o PPI e o CPI, índices da inflação americana, que podem gerar algum movimento de ajustes, dependendo de como vierem. É provável que o mercado não continue repercutindo os bons indicadores de atividade que possam vir a sair, dada a sequência de altas verificadas na semana anterior", diz Ricardo Tadeu Martins, da corretora Planner.


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