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CRÉDITO
Dado de inadimplência aponta queda de devedores entre pessoas e empresas
Cai número de pessoas no "vermelho"
ADRIANA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
A inadimplência de pessoas físicas perdeu o fôlego no país. Dados da Serasa (Centralização de
Serviços Bancários) mostram que
a alta da inadimplência (pessoas
com débitos em aberto) no primeiro semestre de 2003 foi de
5,9% em relação a igual período
de 2002. No ano passado, a expansão foi bem maior: 35% em relação a 2001. A cada ano, portanto,
cai o total de pessoas com dívidas
atrasadas no país.
Isso ocorre porque os consumidores iniciaram, em 2002, um
movimento de "limpeza" dos nomes na praça. Temendo novos
aumentos nos juros, num cenário
de desemprego em alta e renda
minguada, o brasileiro passou a se
preocupar em liquidar as dívidas.
Segundo o serviço de orientação
da Serasa para consumidores
com débitos, a inadimplência decorrente das compras de final de
ano, que utilizaram prazos mais
longos de financiamento, já reduziu-se neste ano.
Para calcular essa queda, foram
levantados dados sobre a evolução da inadimplência no total de
cheques emitidos na praça, em
cartões de crédito e financeiras.
Fazem parte do levantamento
também o total de títulos protestados e a evolução da insolvência
no sistema financeiro.
Empresas mais sadias
O Indicador Serasa de Inadimplência apontou ainda uma queda no ritmo de crescimento da de
empresas devedoras.
De janeiro a junho de 2003, a
inadimplência cresceu 5,2% nesse
segmento, na comparação com o
mesmo período de 2002. No ano
passado, o aumento foi de 15,2%
sobre 2001.
Ao incluir numa única conta a
taxa de débitos em aberto de pessoas físicas e jurídicas, há um volume geral de inadimplência
De janeiro a junho houve aumento de 3,5% nesse montante,
na comparação com o mesmo período de 2002. No ano passado, a
alta foi bem maior: 26,6% em relação ao 1º semestre de 2001.
Com a necessidade de o brasileiro reorganizar suas contas, mudou a forma como ele compra. O
consumidor passou a usar menos
cheques, conforme pesquisas já
anunciaram, e começou a sacar
mais o cartão de crédito em 2003.
Com isso, ele posterga o pagamento do débito.
Resultado: como passou a usar
menos o talão, caiu o número de
cheques devolvidos. Em 2003, eles
representaram 36% do total devolvido. Em 2002, eram 37%.
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