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VÔO ERRÁTICO
Total de americanos que recebem benefício é o maior em 20 anos e lança dúvidas sobre retomada econômica
Fila do desemprego bate recorde nos EUA
DA REDAÇÃO
O total de norte-americanos vivendo com o auxílio do seguro-desemprego atingiu o maior número em 20 anos, num indicador
de que a esperada recuperação
econômica, prevista para se materializar neste semestre, ainda segue como questão em aberto.
As Bolsas norte-americanas,
que iniciaram um período de intensa recuperação depois da
Guerra do Iraque, encerraram o
dia em queda. Para os analistas, o
salto nos preços das ações talvez
tenha ocorrido cedo demais e rápido demais.
"Em resumo, estamos presos a
um ciclo vicioso. Os consumidores, preocupados com o emprego,
estão segurando os gastos. As empresas, temendo fazer apostas
com a demanda tão baixa, estão
segurando as contratações", disse
Oscar Gonzalez, da consultoria
John Hancock Financial Services.
De acordo com o Departamento de Trabalho dos EUA, o total de
pessoas sacando mensalmente o
benefício subiu para 3,82 milhões
no mês passado, a maior marca
em termos absolutos desde fevereiro de 1983. Na semana passada,
já havia sido informado, pelo
mesmo departamento, que a taxa
de desemprego atingiu, também
no mês passado, 6,4%, o maior
percentual em nove anos.
Em outro dado preocupaste, o
total de novos pedidos semanais
de seguro-desemprego permanece acima de 400 mil há 21 semanas
consecutivas. Para os economistas americanos, quando o indicador mantém-se acima de 400 mil
é um sinal de que o mercado de
trabalho está em contração.
Para alguns economistas, os
EUA passam por uma retomada
atípica, em que a economia cresce
sem que empregos sejam criados.
Depois do boom dos ano 90, o
país entrou em recessão em 2001,
e, desde o início do ano passado,
tem se recuperado de maneira
instável e errática.
Nos últimos dois anos, os EUA
enfrentaram vários choques. O
estouro da "bolha" de investimentos em tecnologia, os ataques
do 11 de Setembro, os escândalos
das fraudes contábeis e duas guerras -no Afeganistão e no Iraque.
Tudo isso, entre outros fatores,
abalou a confiança dos consumidores e dos empresários, o que
impediu que a economia entrasse
em uma nova fase de crescimento
sólido e duradouro.
O índice Dow Jones da Bolsa de
Nova York encerrou o dia em
queda de 1,3%, sob influência das
más notícias sobre o mercado de
trabalho. A Nasdaq, Bolsa de empresas tecnológicas, perdeu 1,8%.
As ações da Yahoo caíram 7% depois que a empresa divulgou resultados abaixo das expectativas.
Com agências internacionais
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