São Paulo, terça-feira, 11 de julho de 2006

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Nem promoção evita o prejuízo de varejistas

DA SUCURSAL DO RIO

O lojista Airton Caseli, proprietário de uma rede de 42 lojas de confecções no Centro-Oeste e em Rondônia, atua há 28 anos no comércio e nunca viveu uma crise tão intensa como a que atinge Mato Grosso.
"Nunca vi nada igual. Em algumas cidades que dependem mais da agricultura, como Sinop, as vendas caíram mais de 20% neste ano", conta o proprietário da rede Tecelgam Avenida.
Para tentar driblar a crise, o empresário aumentou o número de produtos em promoção nas 11 lojas que possui em Mato Grosso. A estratégia, afirma, não surtiu efeito: "Nem assim estamos conseguindo grandes resultados", reclama Caseli.
A retração da renda provocada pela crise na agricultura pegou em cheio o comércio, e não há sinais de recuperação à vista, diz.
Everton Muffato, presidente da Apras (Associação Paranaense de Supermercados), traça cenário parecido. Diz que "os supermercados vivem uma crise muito forte" no Paraná com a crise da agricultura e dos abatedouros de frango, que geraram desemprego em algumas regiões do Estado.
De acordo com o executivo, as vendas estão "estagnadas" em relação às do ano passado, e o faturamento das redes sofre ainda com a queda dos preços de muitos produtos.
Na 20 lojas da rede de sua propriedade, a SuperMuffato, diz, o desempenho não está tão ruim como o resto do setor por atender a "um perfil de público direcionado". "Ainda assim, claro que não estamos vendendo como nos outros anos."


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