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BC não segura dólar e moeda fecha vendida a R$ 1,893
Bovespa segue dia ruim nos EUA e tem baixa de 0,99%
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A presença do Banco Central
no mercado não impediu que o
dólar renovasse sua cotação
mínima dos últimos anos. O dólar recuou mais 0,26% e terminou as operações de ontem
vendido a R$ 1,893, em seu
mais baixo valor desde 20 de
outubro de 2000.
O mau humor que marcou os
negócios no mercado norte-americano, que afetou a Bolsa
de Valores de São Paulo, não
deteve a queda do dólar. Operadores de mesas de câmbio estimaram em US$ 500 milhões o
montante comprado ontem em
leilão pelo BC -atuação insuficiente para segurar a moeda.
Na segunda-feira, quando o
feriado da Revolução Constitucionalista fechou o mercado
em São Paulo, o BC optou por
não intervir no câmbio.
Com o recuo de ontem, a
moeda americana registra depreciação de 1,87% diante do
real apenas neste mês.
A volta do feriado não foi positiva para a Bovespa, que encerrou o pregão com baixa de
0,99%, na esteira do fraco desempenho de Wall Street.
Perspectivas negativas para
empresas dos EUA que vão divulgar resultados do segundo
trimestre nos próximos dias
desagradaram aos investidores.
O índice Dow Jones, o principal do mercado americano, teve queda de 1,09%. A Bolsa eletrônica Nasdaq caiu 1,16%.
O mercado imobiliário da
maior economia do mundo
também voltou a incomodar. E
quem sofreu foram as ações de
instituições financeiras: os papéis da Lehman Brothers recuaram 5,02%; Bear Stearns
caiu 4,12%; e Goldman Sachs
teve baixa de 2,79%.
O esperado discurso do presidente Fed (o banco central
dos EUA), Ben Bernanke, não
trouxe novidades em relação ao
futuro da política monetária do
país e acabou por ter pouco reflexo no mercado financeiro.
A Bovespa operou em alta
apenas nos primeiros negócios
do dia. Depois, passou ao vermelho e não se recuperou mais.
Na mínima, recuou 1,36%.
Apesar das perdas de ontem,
a Bolsa ainda computa valorização de 2,74% no mês. No ano,
os ganhos totalizam 25,65%.
Na sexta, o índice Ibovespa,
que acompanha a oscilação das
59 ações mais negociadas, fechou em sua máxima pontuação histórica: 56.443 pontos.
Dentre as perdas que deram
o tom do mercado, houve alguns destaques de alta. A ação
PN da Vivo, por exemplo, fechou com ganho de 3,01%. A alta da tele refletiu a notícia de
que a espanhola Telefónica fez
oferta à Portugal Telecom para
comprar a parcela que os portugueses detêm na Vivo.
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