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Francês é virtual sucessor de Rato no comando do FMI
UE escolhe Dominique Strauss-Kahn, ministro durante os governos socialistas da década de 90 e apontado por Sarkozy
Caso Strauss-Kahn seja eleito para o comando do Fundo, quatro grandes organismos internacionais serão dirigidos por franceses
DA REDAÇÃO
Os 27 países da União Européia escolheram o ex-ministro
francês Dominique Strauss-Kahn para suceder Rodrigo de
Rato no comando do FMI
(Fundo Monetário Internacional). Pela tradição, os europeus
decidem o comandante do
Fundo, o que torna Strauss-Kahn o virtual diretor-gerente
do organismo.
"O período a seguir deve ser o
de adaptar o FMI à nova ordem
criada pela globalização das finanças", afirmou o francês. "A
missão do Fundo terá de ser redefinida, assim como as funções dos diferentes parceiros,
especialmente dando aos países emergentes os papéis que
eles merecem."
Rato só deixará o cargo em
outubro, mas a ministra francesa da Economia, Christine
Lagarde, disse que um acordo
foi feito logo porque havia
"uma certa urgência" para iniciar as negociações de apoio ao
candidato europeu. Segundo
ela, a decisão de ontem "permitirá começar o processo de
campanha e consulta com os
outros países-membros".
Rato afirmou, no mês passado, que deixará, em outubro,
"por razões pessoais" o posto,
quase dois anos antes de concluir seu mandato.
A decisão de ontem foi considerada uma vitória para o governo francês, que conseguiu
emplacar seu candidato, e uma
derrota para o britânico, que
afirmava desejar mudanças no
sistema de escolha.
Para o presidente Nicolas
Sarkozy, a eleição de Strauss-Kahn para o comando do organismo seria "uma honra para a
França e uma oportunidade para o FMI". Segundo o mandatário francês, o indicado possui as
"qualidades indispensáveis"
para o cargo: "Experiência governamental e competência
econômica indiscutíveis".
Membro do Partido Socialista, de oposição a Sarkozy,
Strauss-Kahn foi ministro das
Finanças e da Indústria durante a década de 1990.
Caso ele seja eleito para o comando do Fundo, quatro grandes órgãos internacionais serão
dirigidos por franceses: FMI,
Organização Mundial do Comércio, Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento
e Banco Central Europeu.
O Reino Unido queria um
tempo maior para o processo
de seleção e mudanças no sistema que, pela tradição, garante a
direção do FMI para a Europa e
a do Banco Mundial para os Estados Unidos. "O governo britânico não acredita que essa decisão seja sustentável no longo
prazo. Precisamos de um sistema mais aberto e transparente.
É preciso que todos os membros do FMI tenham a oportunidade de avaliar os candidatos
e escolher aquele que for melhor para o cargo", disse o novo
chanceler do Reino Unido,
Alistair Darling.
Posição semelhante foi pregada por países como Brasil e
Austrália na escolha do presidente do Banco Mundial.
Com agências internacionais
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