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União deve ser responsável por perdas no Fundo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo mudou a estratégia de defesa da CEF (Caixa
Econômica Federal) na batalha
judicial sobre a aplicação dos
índices expurgados de planos
econômicos nos saldos do
FGTS devido à perspectiva de
derrota, sinalizada desde abril.
Se a estratégia tiver êxito, o
prejuízo, estimado em R$ 38
bilhões, poderá ser retardado.
O que está em jogo é a forma
de atuação do governo, representado pela AGU (Advocacia
Geral da União), na causa e
seus desdobramentos.
No momento, a AGU está se
afastando da defesa da CEF e os
advogados Luiz Carlos Bettiol e
Arnoldo Wald, conhecidos pela atuação em causas de interesse dos bancos, passaram a
representá-la, apresentando
um novo argumento.
Como a AGU, Bettiol e Wald
sustentaram que não houve
perdas, mas disseram, pela primeira vez, que, se o Supremo
Tribunal Federal reconhecer o
direito dos trabalhadores à correção pleiteada, a União é que
deverá ser responsabilizada e
não a CEF.
A tese é que a Caixa teria, apenas, cumprido o que a legislação estabeleceu na época.
Se essa tese for acolhida pelo
Supremo, os trabalhadores teriam de recomeçar a batalha,
agora contra a União e não
mais contra a CEF.
Antes, o advogado-geral da
União, Gilmar Mendes, lutara
para participar das ações, como assistente da CEF. O objetivo era tentar reverter a clara
tendência de vitória dos trabalhadores.
Para isso, ele argumentou
que o Tesouro Nacional, na
condição de controlador da
CEF, arcaria com eventual prejuízo e que, por isso, havia interesse direto do governo. A Caixa confirmou, na época, esse
entendimento.
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