DE BUENOS AIRES

O presidente argentino, Eduardo Duhalde, disse ontem que o país vai pedir "pelo menos dois anos" de prazo aos credores da dívida para retomar os pagamentos que estão suspensos desde dezembro. Além disso, ele afirmou que espera obter uma "redução substancial" da dívida externa de cerca de US$ 130 bilhões.
O governo nunca havia revelado um prazo para retomar os pagamentos. O ministro Roberto Lavagna (Economia) falava em pagar "quando a economia voltasse a crescer". Como ele espera expansão do PIB de 3% em 2003 -e Duhalde acredita que será um índice maior-, esperava-se que os compromissos fossem retomados no próximo ano.
No programa de rádio "Conversando com o Presidente", Duhalde disse ainda que a "debilidade" da Argentina impede que a renegociação da dívida seja iniciada antes que o FMI (Fundo Monetário Internacional) ajude o país.
Duhalde deu anteontem mais um passo em direção ao acordo ao pedir que as empresas de serviços públicos proponham reajustes para as tarifas congeladas desde janeiro. Lavagna e sua equipe estão reunidos no fim de semana elaborando a carta de intenções, que deve ser entregue ao Fundo amanhã. (JS)


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