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São Paulo, segunda-feira, 11 de agosto de 2003

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INVESTIMENTOS

Objetivo é ter o setor privado como parceiro

Lula e ministros discutem como obter recurso para infra-estrutura

ELIANE CANTANHÊDE
DIRETORA DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
GABRIELA ATHIAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Em reunião com 12 ministros e representantes de pelo menos três estatais e de fundos de pensão, o presidente Lula tenta hoje, mais uma vez, definir recursos de emergência e de médio prazo para a infra-estrutura. Os próprios ministros não estão otimistas.
A prioridade é achar dinheiro para o recapeamento de 70% das rodovias federais e definir um novo lote de concessões à iniciativa privada, inclusive para tentar preparar o país para o escoamento da safra do próximo ano. Para este ano, não há o que fazer.
Conforme a Folha apurou com dois ministros e dois assessores, o problema é que nem o Ministério da Fazenda nem o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) têm recursos suficientes para a demanda nas áreas de transporte, energia e comunicações. Terá de haver parcerias com o setor privado.
Ao mesmo tempo, há limitações para investimentos das estatais, a área privada está em fase de desaquecimento e ainda há incertezas com relação ao dólar para animar empréstimos a organismos internacionais para investimentos.
Apesar das dificuldades, Lula determinou aos ministros da área econômica que encontrassem soluções -e rapidamente. O ministro dos Transportes, Anderson Adauto, vem sendo acusado de lentidão, sempre alegando falta de recursos, mas a intenção do presidente é reforçar a área.
Na semana passada, Adauto já havia se reunido previamente com o ministro do Planejamento, Guido Mantega, para discutir duas fases de investimentos no setor: uma, imediata, para melhorar estradas e ferrovias; outra, mais estratégica, desenhando o quadro para o Orçamento de 2004.
Além de rodovias, o governo quer ter alternativas para o ferroanel de São Paulo e para o setor retroportuário de Santos e também começar já um programa de transposição de águas de rios no Norte e no Nordeste.
No dia 17 de julho passado, Lula fez a segunda reunião com os mesmos 12 ministros para cobrar um plano efetivo de investimentos em infra-estrutura e solicitou um estudo sobre o montante de recursos disponíveis.

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