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INVESTIMENTOS
Objetivo é ter o setor privado como parceiro
Lula e ministros discutem como obter recurso para infra-estrutura
ELIANE CANTANHÊDE
DIRETORA DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
GABRIELA ATHIAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em reunião com 12 ministros e
representantes de pelo menos três
estatais e de fundos de pensão, o
presidente Lula tenta hoje, mais
uma vez, definir recursos de
emergência e de médio prazo para a infra-estrutura. Os próprios
ministros não estão otimistas.
A prioridade é achar dinheiro
para o recapeamento de 70% das
rodovias federais e definir um novo lote de concessões à iniciativa
privada, inclusive para tentar preparar o país para o escoamento da
safra do próximo ano. Para este
ano, não há o que fazer.
Conforme a Folha apurou com
dois ministros e dois assessores, o
problema é que nem o Ministério
da Fazenda nem o BNDES (Banco
Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social) têm recursos
suficientes para a demanda nas
áreas de transporte, energia e comunicações. Terá de haver parcerias com o setor privado.
Ao mesmo tempo, há limitações
para investimentos das estatais, a
área privada está em fase de desaquecimento e ainda há incertezas
com relação ao dólar para animar
empréstimos a organismos internacionais para investimentos.
Apesar das dificuldades, Lula
determinou aos ministros da área
econômica que encontrassem soluções -e rapidamente. O ministro dos Transportes, Anderson
Adauto, vem sendo acusado de
lentidão, sempre alegando falta de
recursos, mas a intenção do presidente é reforçar a área.
Na semana passada, Adauto já
havia se reunido previamente
com o ministro do Planejamento,
Guido Mantega, para discutir
duas fases de investimentos no setor: uma, imediata, para melhorar
estradas e ferrovias; outra, mais
estratégica, desenhando o quadro
para o Orçamento de 2004.
Além de rodovias, o governo
quer ter alternativas para o ferroanel de São Paulo e para o setor retroportuário de Santos e também
começar já um programa de
transposição de águas de rios no
Norte e no Nordeste.
No dia 17 de julho passado, Lula
fez a segunda reunião com os
mesmos 12 ministros para cobrar
um plano efetivo de investimentos em infra-estrutura e solicitou
um estudo sobre o montante de
recursos disponíveis.
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