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Base aliada ajudou a derrotar Planalto
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Sem o apoio de 11 senadores da
base aliada, o governo não conseguiu impedir a elevação do salário
mínimo para R$ 384,29, valor
proposto pelo senador Antonio
Carlos Magalhães (PFL-BA).
O governo perdeu por três votos. Foram 30 a favor da proposta
de ACM, 27 contra e 5 abstenções,
entre elas duas de senadores petistas. Bastavam os quatro votos
da base aliada que o governo não
teve ontem para que a proposta
da oposição fosse derrotada.
Os senadores petistas Cristovam Buarque (DF) e Paulo Paim
(CE) se abstiveram. João Capiberibe (AP) e Antonio Carlos Valadares (SE), do PSB, votaram a favor do mínimo de R$ 384,29. O
PSB faz parte da base aliada do
governo e indicou o ministro da
Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, que substituiu Eduardo
Campos, deputado pelo PSB-PE.
Com o PMDB dividido como
sempre, cinco senadores da legenda votaram contra o governo,
11 a favor e Pedro Simon (RS) se
absteve. Recentemente o presidente Lula promoveu reforma
ministerial para ampliar a participação do PMDB no governo. O
partido comanda os ministérios
da Saúde e das Comunicações.
O senador Sérgio Zambiasi
(PTB-RS), da base aliada, se absteve e também não votou pela
manutenção do mínimo em R$
300. "O requerimento que apresentei traz um reajuste que é coerente com a proposta de campanha do presidente", disse ACM.
Segundo o senador, a proposta
havia sido apresentada a Câmara
pelo deputado Eduardo Paes
(PSDB-RJ). "Apenas apresentei
um requerimento reconvertendo
a proposta no Senado", disse.
Segundo ACM, quando em
campanha, Lula prometeu elevar
o mínimo para R$ 558 até 2006,
portanto, o valor aprovado ontem, de R$ 384,29, corresponderia
ao reajuste gradativo que deveria
conceder ao mínimo, levando em
conta a inflação, para chegar ao
valor prometido para 2006.
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