São Paulo, quinta-feira, 11 de agosto de 2005

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Base aliada ajudou a derrotar Planalto

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Sem o apoio de 11 senadores da base aliada, o governo não conseguiu impedir a elevação do salário mínimo para R$ 384,29, valor proposto pelo senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA).
O governo perdeu por três votos. Foram 30 a favor da proposta de ACM, 27 contra e 5 abstenções, entre elas duas de senadores petistas. Bastavam os quatro votos da base aliada que o governo não teve ontem para que a proposta da oposição fosse derrotada.
Os senadores petistas Cristovam Buarque (DF) e Paulo Paim (CE) se abstiveram. João Capiberibe (AP) e Antonio Carlos Valadares (SE), do PSB, votaram a favor do mínimo de R$ 384,29. O PSB faz parte da base aliada do governo e indicou o ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, que substituiu Eduardo Campos, deputado pelo PSB-PE.
Com o PMDB dividido como sempre, cinco senadores da legenda votaram contra o governo, 11 a favor e Pedro Simon (RS) se absteve. Recentemente o presidente Lula promoveu reforma ministerial para ampliar a participação do PMDB no governo. O partido comanda os ministérios da Saúde e das Comunicações.
O senador Sérgio Zambiasi (PTB-RS), da base aliada, se absteve e também não votou pela manutenção do mínimo em R$ 300. "O requerimento que apresentei traz um reajuste que é coerente com a proposta de campanha do presidente", disse ACM. Segundo o senador, a proposta havia sido apresentada a Câmara pelo deputado Eduardo Paes (PSDB-RJ). "Apenas apresentei um requerimento reconvertendo a proposta no Senado", disse.
Segundo ACM, quando em campanha, Lula prometeu elevar o mínimo para R$ 558 até 2006, portanto, o valor aprovado ontem, de R$ 384,29, corresponderia ao reajuste gradativo que deveria conceder ao mínimo, levando em conta a inflação, para chegar ao valor prometido para 2006.


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