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Prévia do IGP-M indica deflação
JANAINA LAGE
DA FOLHA ONLINE, NO RIO
A inflação medida pelo IGP-M
(Índice Geral de Preços ao Mercado) registrou uma taxa negativa
de 0,36% na primeira medição de
agosto. A queda nos preços foi
ainda mais intensa do que a registrada na primeira prévia de julho,
quando o índice havia apurado
deflação de 0,09%.
Se a queda nos preços mantiver
fôlego ao longo do mês, os IGPs,
medidos pela Fundação Getulio
Vargas, poderão ter um ciclo de
quatro meses seguidos de deflações -superior ao último ciclo de
taxas negativas influenciadas pela
variação cambial, verificado em
2003. Ontem, o dólar fechou cotado abaixo da barreira psicológica
dos R$ 2,30 pelo segundo dia consecutivo.
A desaceleração na primeira
medição de agosto foi generalizada, aponta a FGV. Os preços no
atacado registraram uma taxa de
-0,48%, ante -0,23% em julho. O
movimento mais intenso de recuo de preços ficou com as matérias-primas brutas, que passaram
de -0,17% para -0,77%, com destaque para produtos como soja
(de 4,29% para -0,25%) e bovinos
(de 0,41% para -1,23%).
Os insumos industriais também
mostraram recuo de preços influenciados pelo comportamento
dos suprimentos, que passaram
de -0,02% para -1,09%. Já os produtos acabados tiveram sua taxa
reduzida pelo recuo nos preços
dos alimentos processados.
Varejo
Na primeira medição de agosto
a deflação também chegou ao
consumidor. A inflação no varejo
passou de 0,02% para -0,16%,
com a queda nos preços do vestuário, motivada pelas promoções de roupas de inverno, e com
o recuo nos preços de serviços para residências.
Os custos na construção civil recuaram de 0,58%, na primeira
prévia de julho, para -0,05% na
primeira medição de agosto, com
a ausência de dissídios. Os preços
foram coletados entre os dias 21 e
30 de julho.
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