São Paulo, quinta-feira, 11 de agosto de 2005

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TRABALHO

Campanha da categoria reivindica participação maior nos lucros obtidos pelos bancos e um aumento real de 5,75%

Bancários exigirão reajuste salarial de 12%

DA REPORTAGEM LOCAL

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os bancários de São Paulo vão às ruas hoje para marcar a entrega da pauta de sua campanha salarial à Fenaban (Federação Nacional dos Bancos). Com os slogans "Vamos conquistar essa primavera" e "Banqueiro não é flor que se cheire", os funcionários vão entregar flores aos clientes das principais agências da região central de São Paulo, enquanto pedem reajuste salarial 11,77%.
Nesse índice de reajuste estão incluídos reposição da inflação de 5,69% -considerando inflação projetada pelo ICV (Índice de Custo de Vida) medido pelo Dieese- e aumento real de 5,75%.
A pauta dos bancários inclui cem itens -entre eles estão ainda PLR (Participação nos Lucros e Resultados) equivalente a um salário do funcionário mais um valor fixo de R$ 788 acrescidos de 5% do lucro líquido distribuídos de forma linear entre os funcionários. Em 2004, o valor recebido de PLR pelos funcionários foi de R$ 700 fixos mais 80% do salário.
Os bancários também pedem valorização dos pisos da categoria, garantia de emprego e novas conquistas -como o 14º salário e o 13º como cesta-alimentação e proteção salarial. O reajuste, nesse caso, seria automático sempre que a inflação atingir 3%.
"A campanha vai ganhar as ruas. Os bancários vão contar com o apoio da sociedade para exigir dos banqueiros que distribuam parte do que ganham pagando melhores salários, contratando mais trabalhadores e melhorando serviços aos clientes", diz o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região, Luiz Cláudio Marcolino.

BC
Funcionários do Banco Central fizeram ontem uma paralisação parcial nas dez cidades em que o BC mantém escritórios. Reunidos em assembléias, os servidores marcaram para o próximo dia 18 uma paralisação de 24 horas.
Os funcionários reivindicam a retomada das negociações salariais, interrompidas desde junho. Segundo o Sinal (sindicato dos funcionários do banco), os servidores pedem 53% de reajuste, além de uma reestruturação no plano de carreira da categoria. Desde que a proposta foi apresentada, diz o sindicato, nenhuma resposta foi dada pelo governo. Ontem, a paralisação foi parcial: ocorreu pela manhã em algumas cidades e à tarde em outras.


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