São Paulo, quinta-feira, 11 de agosto de 2005

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ECONOMIA GLOBAL

Arrecadação sobe em julho e registra melhor resultado para o mês; rombo no ano fiscal pode ser menor

Déficit fiscal dos EUA fica abaixo do esperado

DA REDAÇÃO

Os Estados Unidos tiveram déficit fiscal abaixo do esperado em julho, com o aumento da arrecadação. O buraco ficou em US$ 52,79 bilhões no mês passado, ante US$ 69,16 bilhões em julho de 2004.
A arrecadação subiu para US$ 142,09 bilhões -o melhor resultado já registrado para um mês de julho-, ante US$ 134,42 bilhões no mesmo mês do ano passado. Já os gastos caíram de US$ 203,58 bilhões em julho de 2004 para US$ 194,88 bilhões no mês passado.
É provável que os Estados Unidos registrem neste ano fiscal (de outubro de 2004 a setembro de 2005) um déficit público menor que o do ano passado, quando ficou em US$ 396,32 bilhões. Até agora, o déficit acumulado neste ano fiscal é de US$ 302,59 bilhões.
Já o déficit comercial, no entanto, deve ter aumentado em junho, segundo pesquisa com economistas realizada pela Reuters. A diferença entre importações e exportações deve ficar em US$ 57,3 bilhões, ante US$ 55,35 bilhões em maio. A alta se deve ao aumento do preço do petróleo e ao dólar mais forte, que torna as exportações americanas menos atraentes.
As vendas no varejo têm sido um dos fatores mais importantes para o crescimento da economia dos EUA. Os produtos importados baratos contribuem para o aumento do consumo interno, mas também ajudam a aumentar o déficit comercial.
O resultado da balança comercial em junho nos Estados Unidos será divulgado amanhã.
O mercado tem se concentrado mais nos dados conjunturais da economia americana, que mostram ritmo de crescimento forte, o que também está ajudando na recuperação do dólar ante o euro.
No final do ano passado e começo deste ano, porém, os investidores estavam mais preocupados com os problemas estruturais da economia dos Estados Unidos -principalmente com os chamados "déficits gêmeos", fiscal e em conta corrente-, o que levou a valorização do euro.
O presidente dos EUA, George W. Bush, defendeu ontem a política econômica de seu governo, ao dizer que seu país estava "crescendo mais rápido que qualquer outra nação industrializada" e citando a criação de 200 mil empregos em julho.
Bush disse que havia "desafios à economia", como os altos preços do petróleo, o sistema de saúde e o déficit fiscal, mas que o governo está agindo para corrigi-los. "Estamos adiantados para cortar o déficit [fiscal] pela metade até 2009", disse.


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