Saldo de julho, de US$ 24,4 bilhões, é menor apenas que o do mês anterior

EUA foram o país que deram maior saldo comercial, de US$ 14,4 bilhões; superávit até julho aumentou 81% e soma US$ 136,8 bilhões

DA BLOOMBERG

O superávit comercial da China atingiu, em julho, o segundo nível mais elevado já alcançado. O saldo positivo se ampliou para US$ 24,4 bilhões, a partir dos US$ 14,6 bilhões do mesmo período do ano passado, informou o Departamento Geral Alfandegário em seu site -uma expansão de 67%.
O superávit comercial da China se reduziu em relação ao recorde histórico de junho, de US$ 26,9 bilhões, quando as empresas se apressaram em exportar para contornar as reduções dos incentivos às exportações anunciadas pelo país. O saldo positivo foi de US$ 14,4 bilhões na balança comercial com os Estados Unidos e de US$ 12,2 bilhões no intercâmbio com a Europa.
As exportações chinesas deram um salto de 34,2%, seu ritmo mais acelerado do último período de cinco meses, e alcançaram o recorde de US$ 107,7 bilhões. As importações subiram 26,9%, sua maior alta do último período de seis meses. As importações de petróleo aumentaram 39%, para um recorde.
Nos sete primeiros meses, o superávit comercial da China aumentou 81%, para US$ 136,8 bilhões. A medida M2 da base monetária, a mais ampla, registrou expansão de 18,5% em julho, a mais acelerada do último período de mais de um ano, disse ontem o BC chinês.
O superávit da balança comercial chinesa referenda o argumento do secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Henry Paulson, em favor de uma valorização mais acelerada do yuan. Um yuan mais forte atenuaria as tensões com os EUA e reduziria a enxurrada de recursos gerados pelas exportações, que pode estimular a inflação e a formação de bolhas de ativos na China.
Paulson exortou os dirigentes chineses em Pequim, na semana passada, a elevarem o valor da moeda o quanto antes, e o Comitê de Finanças do Senado norte-americano aprovou uma legislação para pressionar por uma alta mais acelerada do yuan.


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