São Paulo, quarta-feira, 11 de setembro de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PANORÂMICA

ENERGIA

Shell Brasil ingressa no mercado de serviços industriais de transportes
Em busca de nichos mais lucrativos, a Shell Brasil anunciou ontem a sua entrada no mercado de prestação de serviços industriais e de transportes.
A Shell Services, como foi batizada a nova unidade de negócios, faz parte de uma estratégia global de diversificação da companhia. É a 14ª a ser inaugurada no mundo, neste ano, com esse perfil.
Segundo levantamento da empresa, a Shell Services focará um mercado com potencial de faturamento de US$ 400 bilhões no mundo e de US$ 9 bilhões no Brasil.
A perspectiva é que a unidade, globalmente, fature US$ 80 milhões em 2002 e, em cinco anos, chegue a US$ 800 milhões. No Brasil, a previsão, diz Renato Herrera, gerente-geral, é que em cinco anos abocanhe cerca de 1% do mercado e fature cerca de US$ 90 milhões ao ano.
A área de serviços, neste ano, deverá representar cerca de 0,2% do faturamento da Shell Brasil. Daqui a cinco anos, essa participação deverá subir para aproximadamente 3%.
Embora na estrutura do faturamento esses números não sejam expressivos, a Shell decidiu investir no ramo devido à alta lucratividade. "Nossa previsão é que, em cinco anos, a Shell Services tenha uma participação de cerca de 20% no lucro da Shell Brasil", diz Herrera. No lucro mundial, a participação das unidades poderá ser ainda maior.
A Shell Services vai atuar basicamente em quatro áreas: fluidos, que engloba suprimento, aplicação, monitoração, reciclagem e descarte de lubrificantes, combustíveis e outros produtos; manutenção em geral; logística, incluindo gestão de estoque de materiais, programação, gerenciamento de contratos e distribuição; e multisserviços, que compreende gerenciamento de infra-estrutura de instalações industriais e manutenção predial.
A nova divisão já nasce com 23 contratos fechados, 70 funcionários diretos e 200 indiretos. Seu foco principal será atender os setores alimentício, papel e celulose, automobilístico, mineração, siderurgia, construção e transportes.
No ano passado, a Shell mundial faturou cerca de US$ 130 bilhões, e a Brasil, R$ 5 bilhões.
(ISABEL CAMPOS, DA REPORTAGEM LOCAL)

Texto Anterior: Crédito: BNDES amplia recursos para micro
Próximo Texto: Telecomunicações: Governo nega que presidente da Anatel vá pedir demissão do cargo
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.