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São Paulo, quinta-feira, 11 de setembro de 2003

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MERCADO FINANCEIRO

Índice de papéis de energia elétrica acumula alta de 10,5% na semana; dólar recua para R$ 2,89

Ação de energia vira destaque na Bovespa

DA REPORTAGEM LOCAL

O setor de energia elétrica é o grande destaque da semana na Bolsa de Valores de São Paulo. O IEE, índice que acompanha 11 ações do setor, já acumula alta de 10,5% no período. No mês, o ganho é de 18,3%.
Enquanto isso, o Ibovespa, principal índice da Bolsa paulista, obteve ganho de apenas 0,5% nos três pregões realizados nesta semana.
Analistas avaliam que o acordo entre o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e a AES para a renegociação da dívida da empresa chamou a atenção dos investidores, que passaram a apostar na possibilidade de haver solução para outras empresas do setor com problemas de débitos.
Das cinco maiores altas do pregão de ontem, quatro foram de ações do setor de energia elétrica. As ações com direito a voto da Light dispararam 15,6%. O papel PNB da Celesc fechou com ganho de 9,4%.
A Bovespa voltou a fechar em alta, após o recuo de terça-feira. Ontem, a Bolsa teve valorização de 1,69%. O giro seguiu forte, com mais de R$ 1 bilhão em negócios.
Com o dólar fraco, as exportadoras perderam. As ações preferenciais da VCP foram a maior baixa do dia, com recuo de 2,3%. O papel ON da Vale do Rio Doce fechou com perdas de 1,3%, seguido pelas ações preferenciais da Embraer, que caíram 1,2%.
O dólar encerrou as operações abaixo dos R$ 2,90, o que não ocorria desde o fim de julho. Com recuo de 1,16%, a moeda norte-americana fechou a R$ 2,89. O ingresso recursos de recentes captações de fechadas no exterior segue ajudando a fazer o dólar permanecer nos atuais patamares.
A primeira etapa do leilão de rolagem da dívida cambial vincenda, feita ontem pelo Banco Central, colaborou para a baixa do dólar. O BC renovou 32% do US$ 1,5 bilhão em papéis cambiais que vencem na próxima semana. O BC volta ao mercado hoje.
No mercado, cresce a especulação em torno da possibilidade de o governo brasileiro aproveitar o bom momento que vivem os ativos do país para realizar mais uma emissão no exterior.
Ontem, os C-Bonds, papéis da dívida do Brasil de maior negociação, subiram 0,82%, para US$ 0,9188. O risco-país recuou 1,9%, para 668 pontos.
(FABRICIO VIEIRA)


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