|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Pagamentos eletrônicas crescem 13% em um ano
Estudo do BC diz que transações chegam a 80% do total
FERNANDO NAKAGAWA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
De cada dez pagamentos feitos nos bancos ou comércio, oito são realizados de forma eletrônica, segundo pesquisa divulgada ontem pelo Banco
Central. O estudo diz que o uso
dos cartões de crédito e débito e
das transferências entre contas
cresceu 13% entre 2005 e 2006.
O uso do cheque caiu 11%.
Apesar da expansão do dinheiro de plástico e dos pagamentos eletrônicos, o comércio
reclama que as operações ainda
são caras e o custo para receber
uma compra no cartão pode superar 5% do total da conta.
Segundo o estudo "Diagnósticos do Sistema de Pagamentos de Varejo", os bancos e o varejo registraram 11,4 bilhões de
operações de pagamento em
2006. Foram realizadas de forma eletrônica (cartões de débito e crédito, débito em conta e
transferências bancárias na
mesma instituição ou bancos
diferentes) 80,5% delas. Em
2005, foram 76,4%.
Cartão de crédito
"Os números têm crescido e
devem continuar em alta porque as operações eletrônicas
são mais rápidas e seguras. Boa
parte dos clientes já se acostumou e a popularização alcança
cada vez mais as camadas populares", diz o assessor econômico da Fecomércio de São
Paulo, Fabio Pina.
Já o número de cheque compensadas caiu 11% em um ano,
e a participação do meio de pagamento recuou para 19,5%.
O número de máquinas de
leitura dos cartões de débito e
crédito instaladas no comércio
mostra o crescimento dos
meios eletrônicos. Em um ano,
o número de equipamentos
cresceu 40,1%, para 1,994 milhão no país. Foram instaladas
556 mil máquinas em um ano.
Apesar da expansão, o maior
acesso ao serviço ocorre em
meio às reclamações do varejo.
Segundo o professor Nuno
Fouto do Programa de Administração do Varejo da USP, os
custos ainda são muito elevados para o pequeno comerciante. "Os pequenos empresários
ainda não têm força para exigir
a queda dessas taxas."
Procurada para comentar o
custo das operações, a Abecs
(Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito)
não respondeu o pedido até o
fechamento da edição.
A rede de auto-atendimento
dos bancos não avançou no
mesmo ritmo das transações
eletrônicas. De 2005 e 2006, o
número de caixas automáticos
aumentou em 73 unidades,
passando de 146.795 para
146.868. Em São Paulo, a trajetória foi inversa e o total de
pontos automáticos de atendimento caiu em 861 unidades,
para 49.238 locais.
Mesmo sem crescer em número de pontos, essa rede é cada vez mais usada pelos clientes. O número de transações
cresceu 8% e atingiu 7,3 bilhões
em 2006 em todo o país.
Texto Anterior: Vaivém das commodities Próximo Texto: Crise aérea: Aviação doméstica encolhe 3,7% em agosto; TAM ainda lidera Índice
|