São Paulo, terça-feira, 11 de setembro de 2007

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Pagamentos eletrônicas crescem 13% em um ano

Estudo do BC diz que transações chegam a 80% do total

FERNANDO NAKAGAWA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

De cada dez pagamentos feitos nos bancos ou comércio, oito são realizados de forma eletrônica, segundo pesquisa divulgada ontem pelo Banco Central. O estudo diz que o uso dos cartões de crédito e débito e das transferências entre contas cresceu 13% entre 2005 e 2006. O uso do cheque caiu 11%.
Apesar da expansão do dinheiro de plástico e dos pagamentos eletrônicos, o comércio reclama que as operações ainda são caras e o custo para receber uma compra no cartão pode superar 5% do total da conta.
Segundo o estudo "Diagnósticos do Sistema de Pagamentos de Varejo", os bancos e o varejo registraram 11,4 bilhões de operações de pagamento em 2006. Foram realizadas de forma eletrônica (cartões de débito e crédito, débito em conta e transferências bancárias na mesma instituição ou bancos diferentes) 80,5% delas. Em 2005, foram 76,4%.

Cartão de crédito
"Os números têm crescido e devem continuar em alta porque as operações eletrônicas são mais rápidas e seguras. Boa parte dos clientes já se acostumou e a popularização alcança cada vez mais as camadas populares", diz o assessor econômico da Fecomércio de São Paulo, Fabio Pina.
Já o número de cheque compensadas caiu 11% em um ano, e a participação do meio de pagamento recuou para 19,5%.
O número de máquinas de leitura dos cartões de débito e crédito instaladas no comércio mostra o crescimento dos meios eletrônicos. Em um ano, o número de equipamentos cresceu 40,1%, para 1,994 milhão no país. Foram instaladas 556 mil máquinas em um ano.
Apesar da expansão, o maior acesso ao serviço ocorre em meio às reclamações do varejo. Segundo o professor Nuno Fouto do Programa de Administração do Varejo da USP, os custos ainda são muito elevados para o pequeno comerciante. "Os pequenos empresários ainda não têm força para exigir a queda dessas taxas."
Procurada para comentar o custo das operações, a Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito) não respondeu o pedido até o fechamento da edição.
A rede de auto-atendimento dos bancos não avançou no mesmo ritmo das transações eletrônicas. De 2005 e 2006, o número de caixas automáticos aumentou em 73 unidades, passando de 146.795 para 146.868. Em São Paulo, a trajetória foi inversa e o total de pontos automáticos de atendimento caiu em 861 unidades, para 49.238 locais.
Mesmo sem crescer em número de pontos, essa rede é cada vez mais usada pelos clientes. O número de transações cresceu 8% e atingiu 7,3 bilhões em 2006 em todo o país.


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