ADRIANA KÜCHLER
DE BUENOS AIRES

Ao contrário do que a presidente Cristina Kirchner anunciou na semana passada, a Argentina poderá adiar ou dividir em parcelas o pagamento da dívida de US$ 6,7 bilhões que mantém com o Clube de Paris.
Na semana passada, a presidente informou que o país pagaria toda a dívida com o Clube, formado por 19 nações credoras, de uma só vez, usando reservas do Banco Central. Mas, diante da crise financeira mundial, essa disposição teria mudado. Citando fontes oficiais, o jornal econômico "El Cronista" informa que a dívida não deve ser paga enquanto seguir a turbulência nos mercados.
O governo argentino também estaria agora tentando negociar com o Clube para pagar apenas a dívida em default, adiando o pagamento de juros. Ambas medidas visam garantir o bom nível de reservas do BC, que hoje é de cerca de US$ 47 bilhões.
Dois dias após o anúncio de que a Argentina quitaria a sua dívida, representantes do Clube informaram que o valor a ser pago seria US$ 1,2 bilhão maior.
Apesar da notícia do pagamento ter sido bem recebida por empresários, o impacto da medida foi menor do que o esperado. Os títulos do país mantêm o processo de queda e o risco-país vem subindo nos últimos dias.


Texto Anterior: Crise global
Próximo Texto: Contrabando: Apreensões em Foz crescem 5% neste ano
Índice