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Rublo sobe 21,5% e volta a nível do dia 2
das agências internacionais
Pelo segundo dia consecutivo, o
rublo, moeda russa, se recuperou
fortemente ontem em relação ao
dólar, invertendo a tendência de
queda das últimas três semanas e
voltando a uma cotação semelhante à do início do mês.
A indicação do atual chanceler
russo, Ievguêni Primakov, para o
cargo de primeiro-ministro, no
lugar de Viktor Tchernomirdin,
colaborou com a alta, atribuída
principalmente à procura por rublos que se iniciou anteontem.
A moeda russa foi cotado oficialmente no fechamento a 12,375 por
dólar, contra os 15,772 da véspera,
uma alta de 21,5%. A moeda não
atingia esse patamar desde o dia 2,
quando estava em 12,82 por dólar.
No mercado interbancário, que
serve de base para a cotação oficial, a moeda chegou a ser vendida
a 10 por dólar, que significou uma
valorização de 100% em apenas
dois dias. Na terça-feira, a cotação
oficial superou os 20 por dólar.
Ao final da sessão, a venda era
realizada por valores entre 13 e 14
por dólar. O volume de negócios
foi considerado baixo, razão pela
qual os operadores desconfiam da
continuidade dessa tendência.
O rublo vem despencando desde
17 de agosto, data da mudança
cambial que desvalorizou a moeda. A queda acelerou-se há duas
semanas, quando o banco central
parou de defender a divisa.
Com isso, a perda de reservas se
desacelerou. Entre 28 de agosto e 4
de setembro, caíram de US$ 12,7
bilhões para US$ 12,3 bilhões. Na
semana anterior, haviam se reduzido em US$ 1 bilhão.
A Bolsa de Moscou também se
recuperou ontem, com esperanças
de que a indicação do neocomunista Primakov encerre a tensão
política entre o governo e o Parlamento, que recusou a indicação de
Tchernomirdin. O índice RTS subiu 7,5%, com um volume de negócios baixo, mas superior aos últimos dias, de US$ 2 milhões.
Fracasso
O economista norte-americano
Jeffrey Sachs disse ontem que o
FMI (Fundo Monetário Internacional) "fracassou totalmente"
na Rússia, favorecendo o agravamento da crise. Sachs, que tem criticado a ação do Fundo, pediu a
renúncia de seu diretor-gerente,
Michel Camdessus.
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