da Sucursal de Brasília

O secretário de Acompanhamento Econômico, Bolívar Moura Rocha, disse ontem que o governo não vai considerar quebra de acordo a elevação de juros cobrados para financiamento de carros novos, em setembro, pelos bancos das montadoras de automóveis.
Em agosto, o governo reduziu o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) de automóveis de 13% para 6%. A medida vigora até o próximo dia 20, quando a alíquota passa a ser de 8%.
"O cenário econômico sofreu alterações ao longo dos últimos dias e a atividade (produção de carros) não faz exceção à conjuntura. Certamente isso vai se refletir no próximo levantamento", disse o secretário.
A redução foi adotada em troca de quatro compromissos: repasse da redução para os preços, manutenção do nível de produção e do nível de emprego e melhores condições de financiamento.
O secretário admitiu que há uma "retração de atividade" em setembro, mas se recusou a dizer se o governo manterá a redução de IPI caso as montadoras não cumpram as metas de manter a produção e os empregos.
De acordo com Moura Rocha, a Fenabrave (federação das distribuidoras de veículos) apresentou um levantamento que demonstra a redução, na maior parte dos revendedores, de 4,14% a 12,2% no preço dos carros em agosto.
Nas montadoras, a redução de preço em agosto ficou, em média, em 4,95%.



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