da Reportagem Local

A chamada indústria da beleza, que movimenta por ano US$ 5 bilhões no Brasil, quer sensibilizar o governo federal a reduzir os impostos incidentes sobre os produtos, sob o argumento de impulsionar o setor.
O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Higiene, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), João Carlos Basílio, disse que já entregou ao Ministério do Desenvolvimento projeto nesse sentido e que aguarda a definição do governo até final deste ano.
Basílio quer procurar o ministro Alcides Tápias, logo depois da posse, para expor os problemas do setor e tentar "vender" a idéia.
A Abihpec pleiteia redução de 50% no IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), incidente sobre perfumaria e cosméticos, que cairia de 40% para 20%.
Em troca, diz ele, a venda anual desses produtos, hoje de 36 mil toneladas, dobraria em dois anos; a indústria nacional teria preços competitivos para exportar (haveria redução de 30% para o consumidor final); criariam-se 100 mil novos empregos, entre diretos e indiretos, e o nível de arrecadação atual (em torno de R$ 1,5 bilhão) seria recuperado em dois anos.
Basílio fez as declarações ontem na abertura da Cosmoprof Cosmética 99, feira do setor que acontece pela nona vez.
Neste ano, estão sendo lançados mil novos produtos.
A modelo Tiazinha participou do lançamento de uma linha de produtos com sua marca.
Jair Saponari, diretor da feira, disse que o público de ontem superou 20 mil pessoas. A expectativa é de que 80 mil pessoas visitem o evento até segunda-feira.