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Após leilão, empresas dizem ter ido ao limite das possibilidades
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A CCR (Companhia de Concessões Rodoviárias) e a TPI
Triunfo Participações e Investimentos, que saíram do leilão
das rodovias federais sem arrematar nenhum dos lotes, afirmam que foram ao limite das
suas possibilidades de oferta.
A TPI chegou a fazer proposta para todos os lotes. Seu melhor lance, com 29% de deságio
-diferença entre a oferta da
concessionária e a tarifa-teto-
foi pelo trecho entre Curitiba e
Florianópolis. Quem levou o lote foi a espanhola OHL, que
apresentou deságio de 62,67%.
De acordo com o presidente
da TPI Triunfo Participações,
Carlo Bottarelli, a proposta da
OHL chegou a "um nível de risco" que ele não correria.
"Ficamos surpreendidos.
Não poderíamos dar um lance
desses", afirmou.
A TPI Triunfo Participações
atua no segmento de infra-estrutura e administra rodovias,
portos e concessões de energia,
diz Bottarelli.
A CCR, que administra 1.452
km de rodovias e foi superada
em quilometragem pela OHL
depois do leilão, competiu em
três lotes -Fernão Dias, Régis
Bittencourt e o trecho entre
Curitiba e Florianópolis. Em
um comunicado emitido anteontem, seu presidente, Renato Alves Vale, afirma que a
companhia foi ao "limite da
responsabilidade".
"Com relação às disputas, a
CCR norteou-se pelas suas
prioridades, através de propostas agressivas e competitivas,
no limite de nossa responsabilidade e disciplina de capital."
A companhia ficou distante
do preço mínimo nas três disputas. No lance da Fernão Dias,
por exemplo, fez a 8ª menor
oferta (22% de deságio), entre
15 concorrentes. A rodovia foi
arrematada pela OHL, que ofereceu deságio de 65,43%.
Segundo Vale, "caso houvesse a concessão de maiores descontos sobre as tarifas de referência, os projetos deixariam
de adicionar valor à empresa".
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