São Paulo, quinta-feira, 11 de outubro de 2007

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Após leilão, empresas dizem ter ido ao limite das possibilidades

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A CCR (Companhia de Concessões Rodoviárias) e a TPI Triunfo Participações e Investimentos, que saíram do leilão das rodovias federais sem arrematar nenhum dos lotes, afirmam que foram ao limite das suas possibilidades de oferta.
A TPI chegou a fazer proposta para todos os lotes. Seu melhor lance, com 29% de deságio -diferença entre a oferta da concessionária e a tarifa-teto- foi pelo trecho entre Curitiba e Florianópolis. Quem levou o lote foi a espanhola OHL, que apresentou deságio de 62,67%.
De acordo com o presidente da TPI Triunfo Participações, Carlo Bottarelli, a proposta da OHL chegou a "um nível de risco" que ele não correria.
"Ficamos surpreendidos. Não poderíamos dar um lance desses", afirmou.
A TPI Triunfo Participações atua no segmento de infra-estrutura e administra rodovias, portos e concessões de energia, diz Bottarelli.
A CCR, que administra 1.452 km de rodovias e foi superada em quilometragem pela OHL depois do leilão, competiu em três lotes -Fernão Dias, Régis Bittencourt e o trecho entre Curitiba e Florianópolis. Em um comunicado emitido anteontem, seu presidente, Renato Alves Vale, afirma que a companhia foi ao "limite da responsabilidade".
"Com relação às disputas, a CCR norteou-se pelas suas prioridades, através de propostas agressivas e competitivas, no limite de nossa responsabilidade e disciplina de capital."
A companhia ficou distante do preço mínimo nas três disputas. No lance da Fernão Dias, por exemplo, fez a 8ª menor oferta (22% de deságio), entre 15 concorrentes. A rodovia foi arrematada pela OHL, que ofereceu deságio de 65,43%.
Segundo Vale, "caso houvesse a concessão de maiores descontos sobre as tarifas de referência, os projetos deixariam de adicionar valor à empresa".


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