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Votorantim anuncia que vai investir R$ 25,7 bi
Companhia prevê a criação de pelo menos 11 mil empregos diretos até 2012
Do total anunciado, R$ 8,8 bi devem ser injetados já em 2008; Alcoa sinaliza a
Lula que também deve elevar investimentos
FELIPE SELIGMAN
LETÍCIA SANDER
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Após serem recebidos ontem
pelo presidente Lula no Planalto, executivos da Votorantim
anunciaram investimentos de
R$ 25,7 bilhões entre 2008 e
2012 com o objetivo de abastecer o mercado interno.
As áreas de investimento
previstas pela empresa são:
metais (R$ 11,1 bilhões), celulose e papel (R$ 9,6 bilhões), cimentos (R$ 2,1 bilhões), energia (R$ 2 bilhões) e suco de laranja (R$ 900 milhões). Com
isso, a Votorantim estima a
criação de ao menos 11 mil empregos diretos até 2012.
Do total anunciado, R$ 8,8
bilhões já devem ser empregados no ano que vem. Nos últimos seis anos (entre 2002 e
2007), a empresa investiu nas
mesmas áreas cerca de R$ 19
bilhões -R$ 6,7 bilhões a menos do que o anunciado ontem.
José Roberto Ermírio de Moraes, presidente da Votorantim
Industrial, saiu da reunião com
Lula dizendo que o mercado
brasileiro está "em outro patamar" de crescimento e oportunidades. Ele disse ter ouvido de
Lula a seguinte frase: "Apostem
no Brasil, porque quem não o
fizer estará fora do mapa mundial em dez anos".
A empresa pretende criar dez
unidades para a produção de cimento e reativar outras quatro.
Na área de metais, os principais
investimentos serão feitos em
São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Goiás, para a produção de níquel contido, zinco,
chumbo, aços longos e alumínio. Já em relação a celulose e
papel, devem ser investidos R$
4,7 bilhões em Minas e R$ 4,4
bilhões no Rio Grande do Sul.
Alcoa
Pela manhã, Lula recebeu sinalização de outra grande empresa, a Alcoa, uma das gigantes
do setor de alumínio, de que
também pretende aumentar os
investimentos no Brasil, sobretudo no setor de geração de
energia. Segundo o presidente
da Alcoa para a América Latina
e Caribe, Franklin Feder, ainda
não há, entretanto, metas específicas de aumento do volume
de negócios, nem projetos.
Segundo Feder, a intenção é,
até o fim de 2007, finalizar os
empreendimentos de mais de
US$ 5 bilhões previstos para
um período de três anos. "Esse
programa [de US$ 5,5 bilhões]
começou em 2006 e deve continuar até o fim do ano que vem,
talvez no início de 2009."
Entre os programas em andamento citados pelo executivo, estão um projeto de mineração no Pará, a expansão da fábrica da Alcoa em São Luís
(MA) e investimentos na área
de energia elétrica, em parceria, entre eles a Usina Hidrelétrica de Estreito, na divisa do
Maranhão com Tocantins, e a
usina na Serra do Facão, na divisa de Goiás com Minas.
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