São Paulo, quinta-feira, 11 de outubro de 2007

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Votorantim anuncia que vai investir R$ 25,7 bi

Companhia prevê a criação de pelo menos 11 mil empregos diretos até 2012

Do total anunciado, R$ 8,8 bi devem ser injetados já em 2008; Alcoa sinaliza a Lula que também deve elevar investimentos

FELIPE SELIGMAN
LETÍCIA SANDER
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Após serem recebidos ontem pelo presidente Lula no Planalto, executivos da Votorantim anunciaram investimentos de R$ 25,7 bilhões entre 2008 e 2012 com o objetivo de abastecer o mercado interno.
As áreas de investimento previstas pela empresa são: metais (R$ 11,1 bilhões), celulose e papel (R$ 9,6 bilhões), cimentos (R$ 2,1 bilhões), energia (R$ 2 bilhões) e suco de laranja (R$ 900 milhões). Com isso, a Votorantim estima a criação de ao menos 11 mil empregos diretos até 2012.
Do total anunciado, R$ 8,8 bilhões já devem ser empregados no ano que vem. Nos últimos seis anos (entre 2002 e 2007), a empresa investiu nas mesmas áreas cerca de R$ 19 bilhões -R$ 6,7 bilhões a menos do que o anunciado ontem.
José Roberto Ermírio de Moraes, presidente da Votorantim Industrial, saiu da reunião com Lula dizendo que o mercado brasileiro está "em outro patamar" de crescimento e oportunidades. Ele disse ter ouvido de Lula a seguinte frase: "Apostem no Brasil, porque quem não o fizer estará fora do mapa mundial em dez anos".
A empresa pretende criar dez unidades para a produção de cimento e reativar outras quatro. Na área de metais, os principais investimentos serão feitos em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Goiás, para a produção de níquel contido, zinco, chumbo, aços longos e alumínio. Já em relação a celulose e papel, devem ser investidos R$ 4,7 bilhões em Minas e R$ 4,4 bilhões no Rio Grande do Sul.

Alcoa
Pela manhã, Lula recebeu sinalização de outra grande empresa, a Alcoa, uma das gigantes do setor de alumínio, de que também pretende aumentar os investimentos no Brasil, sobretudo no setor de geração de energia. Segundo o presidente da Alcoa para a América Latina e Caribe, Franklin Feder, ainda não há, entretanto, metas específicas de aumento do volume de negócios, nem projetos.
Segundo Feder, a intenção é, até o fim de 2007, finalizar os empreendimentos de mais de US$ 5 bilhões previstos para um período de três anos. "Esse programa [de US$ 5,5 bilhões] começou em 2006 e deve continuar até o fim do ano que vem, talvez no início de 2009."
Entre os programas em andamento citados pelo executivo, estão um projeto de mineração no Pará, a expansão da fábrica da Alcoa em São Luís (MA) e investimentos na área de energia elétrica, em parceria, entre eles a Usina Hidrelétrica de Estreito, na divisa do Maranhão com Tocantins, e a usina na Serra do Facão, na divisa de Goiás com Minas.


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