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Usina atrasa pagamentos a arrendamentos
DA SUCURSAL DO RIO
Especialistas afirmam que
pelo menos 7% da cana apta
para o corte continuará de pé
porque os produtores avaliam que o aumento da produção derrubaria os preços.
A cana que deixa de ser cortada pode ser moída na safra
seguinte, mas perde em produtividade.
No município de Morrinhos, em Goiás, os produtores rurais que arrendaram
terras para a Usina Camen
estão apreensivos. A usina
deveria ter iniciado suas operações no começo da safra,
em maio, mas continua apagada. Grande parte da cana
plantada no município continua de pé, sem perspectiva
de ser moída nesta safra, e a
usina não pagou aos produtores rurais pelo arrendamento das terras.
O presidente do Sindicato
Rural de Morrinhos, Tiago
Mendonça, diz que o pagamento deveria ter sido feito
no dia 30 de setembro, e que
os produtores estão muito
apreensivos.
O arrendamento da terra,
naquela região, é estabelecido com base no valor da saca
de soja. O aluguel anual de
um hectare varia de 40 a 50
sacas de soja.
Se o produtor rural colocar
o produto dentro da usina, o
preço sobe para até 70 sacas
de soja. O atraso do pagamento ao produtor rural poderá afetar o comércio local,
diz Mendonça.
A usina informou que não
iniciou a moagem porque o
projeto da usina está passando por modificações, e a unidade não está concluída. Disse ainda que está buscando
recursos para pagar aos produtores rurais até o final deste mês.
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