São Paulo, terça-feira, 11 de novembro de 2008

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Usina atrasa pagamentos a arrendamentos

DA SUCURSAL DO RIO

Especialistas afirmam que pelo menos 7% da cana apta para o corte continuará de pé porque os produtores avaliam que o aumento da produção derrubaria os preços. A cana que deixa de ser cortada pode ser moída na safra seguinte, mas perde em produtividade.
No município de Morrinhos, em Goiás, os produtores rurais que arrendaram terras para a Usina Camen estão apreensivos. A usina deveria ter iniciado suas operações no começo da safra, em maio, mas continua apagada. Grande parte da cana plantada no município continua de pé, sem perspectiva de ser moída nesta safra, e a usina não pagou aos produtores rurais pelo arrendamento das terras.
O presidente do Sindicato Rural de Morrinhos, Tiago Mendonça, diz que o pagamento deveria ter sido feito no dia 30 de setembro, e que os produtores estão muito apreensivos.
O arrendamento da terra, naquela região, é estabelecido com base no valor da saca de soja. O aluguel anual de um hectare varia de 40 a 50 sacas de soja.
Se o produtor rural colocar o produto dentro da usina, o preço sobe para até 70 sacas de soja. O atraso do pagamento ao produtor rural poderá afetar o comércio local, diz Mendonça.
A usina informou que não iniciou a moagem porque o projeto da usina está passando por modificações, e a unidade não está concluída. Disse ainda que está buscando recursos para pagar aos produtores rurais até o final deste mês.


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