No mês, ganho da Bovespa é de 7,7%; dólar vai a R$ 1,717

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

O dia foi de correções no mercado financeiro global. Sem notícias que motivassem os investidores, a opção foi frear a compra de ações. Pequenas oscilações marcaram os pregões pelo mundo. A Bovespa, que conseguiu respirar na reta final, terminou o dia com leve alta de 0,13%.
O dólar acabou por interromper uma sequência de quedas e subiu ontem pela primeira vez em novembro. No fim das operações, a moeda norte-americana era negociada a R$ 1,717, com apreciação de 0,94%. No mês, a moeda americana ainda registra depreciação, de 2,28%.
Declarações de dirigentes regionais do Fed (o banco central dos EUA), que mostraram incômodo com o elevado desemprego no país, e a necessidade de manutenção de fortes estímulos econômicos pelo governo colaboraram para o mercado ter um dia mais fraco.
A Nasdaq recuou 0,14%. O índice Dow Jones, um dos principais de Wall Street, melhorou no fim do dia e subiu 0,20%.
No mercado acionário europeu, os pregões não foram muito diferentes. A Bolsa de Londres caiu 0,09%. Em Frankfurt, o mercado também lidou com a divulgação da queda na confiança do investidor alemão, e a Bolsa recuou 0,12%.
Enquanto o dólar recuperava terreno, as commodities perdiam força no exterior. O petróleo teve baixa de 0,48%, para encerrar o dia cotado a US$ 79,05. O temor de que furacões atinjam as petrolíferas no golfo do México pesou no dia.
Mesmo que o pregão não tenha sido marcado por oscilações expressivas na Bolsa de Valores de São Paulo, o volume negociado foi alto. Com 442,5 mil transações, a Bovespa girou R$ 6,62 bilhões. Em outubro, quando houve recorde de operações, a média diária girada ficou em 436 mil negócios.
O que os operadores de mercado notaram foi uma movimentação menos forte dos estrangeiros, que se retraíram em resposta ao cenário externo menos animador.
Na máxima do dia, o índice Ibovespa -que reúne as 63 ações mais negociadas- registrou alta de 0,75%, indo a 66.708 pontos. Na mínima, chegou a recuar 0,77%. Aos 66.303 pontos no encerramento do pregão, o Ibovespa registra alta expressiva de 7,73% em novembro. Apenas como comparação, o retorno da poupança acumulado em 2009 deve ficar em torno dos 7%.
Em sintonia com o resultado da Bolsa, as ações mais negociadas não tiveram variações muito elevadas de preços. No topo da lista dos papéis do Ibovespa que mais subiram ontem apareceu CPFL Energia ON, com alta de 2,85%, seguida por Vivo PN, que subiu 2,66%.
Puxando as maiores perdas ficaram ALL UNT, com recuo de 3,31%, e BMF&Bovespa ON, que teve queda de 2,04%.
Hoje os investidores estarão atentos à apresentação do IPCA, a ser feita pelo IBGE. O mercado projeta que o índice de inflação tenha registrado alta de 0,25% no mês passado.


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