DA REDAÇÃO

O porta-voz do governo argentino, Juan Pablo Baylac, disse ontem que o pagamento da dívida pública deste mês está assegurado. Segundo ele, o governo vai utilizar o dinheiro da próxima parcela do acordo que o país tem com o Fundo Monetário Internacional (FMI), "sem tocar nas reservas" do Banco Central. O problema é que o Fundo cancelou o envio dessa nova parcela.
De acordo com o FMI, a Argentina não cumpriu as metas para o déficit público para este ano que fazem parte do acordo.
Com isso, a princípio, o país deverá enfrentar o vencimento de cerca de US$ 909 milhões de sua dívida na sexta-feira sem o US$ 1,264 bilhão que esperava receber do Fundo. A parcela faz parte do empréstimo de US$ 40 bilhões concedido há quase um ano à Argentina pelo FMI e por outras organizações internacionais.

Cavallo
Ontem, ao retornar de Washington, onde esteve tentando reconquistar o apoio do FMI à Argentina, o ministro da Economia, Domingo Cavallo, anunciou que vai eliminar parte dos incentivos fiscais a alguns setores da indústria. A medida seria uma forma de reduzir o déficit público e retomar o acordo com o Fundo.


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