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Mercado tem pregão morno à espera do Fed
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
O mercado iniciou a semana em ritmo mais morno. A
tendência é de hoje o dia ser
bem mais movimentado,
com a última decisão de
2007 do BC americano sobre
os juros. No fim de seu pregão, a Bolsa de Valores de São
Paulo marcava baixa de
0,29%. O dólar encerrou a R$
1,768, em alta de 0,40%.
A divulgação da projeção
de perdas de US$ 10 bilhões
pelo banco suíço UBS, decorrente de papéis lastreados ao
setor de crédito imobiliário
de alto risco (o "subprime")
dos EUA, não chegou a azedar o mercado. Os grandes
bancos mundiais já haviam
divulgado perdas superiores
a US$ 50 bilhões sofridas
com essa crise. As Bolsas européias tiveram altas discretas: Londres subiu 0,16%, e
Frankfurt, 0,49%.
No mercado americano, os
investidores estão concentrados na decisão do Fomc
(comitê do BC que define os
juros). A expectativa que
predomina é de que a taxa seja reduzida de 4,5% para
4,25%. Os mais otimistas falam em uma queda de 0,50
ponto percentual -uma decisão nesse sentido deve animar os pregões.
Em Wall Street, o Dow Jones subiu 0,74%, e a Bolsa
eletrônica Nasdaq, 0,47%.
Se os dirigentes do Fed (o
BC americano) optarem por
manter os juros no atual patamar, o dia tende a ser negativo, especialmente para as
Bolsas de Valores. Além do
resultado, os investidores
aguardam com interesse o
comunicado que o Fed apresentará após o encontro, que
pode trazer sinais sobre o futuro da política monetária.
Ontem foi apresentado
nos EUA o índice de vendas
pendentes de casas, que
mostrou elevação mensal de
0,6% em outubro, segundo a
associação de corretores de
imóveis do país. Mas, quando
comparado ao mesmo mês
de 2006, o resultado foi
18,4% inferior, o que mostra
os reflexos da atual crise de
crédito imobiliário.
Para a Bovespa, juros menores nos EUA podem significar o aumento da entrada
de capital externo, que pode
elevar o valor das ações. As
compras feitas pelos estrangeiros neste mês, até o dia 6,
bateram as vendas em R$
1,58 bilhão.
No mercado de câmbio, o
fluxo maior de capital externo favorece o recuo do dólar.
Ontem os operadores de
câmbio comentaram declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, ao jornal
Financial Times. Segundo o
jornal, Mantega afirmou que
o fundo soberano terá como
uma de suas funções reduzir
a oferta de dólares do mercado, o que ajudaria a conter a
alta do real. A moeda norte-americana acumula depreciação superior a 17% diante
do real neste ano.
Ações
O recuo no preço do barril
de petróleo tirou a atratividade das ações da Petrobras,
que tiveram queda de 1,17%
(ON) e 0,43% (PN).
Outra estatal que terminou em baixa ontem foi a
Eletrobras. Suas ações caíram 5,17% (ON) e 3,50%
(PN). Ontem um consórcio
liderado pela Odebrecht,
junto com a Furnas (subsidiária da Eletrobrás), saiu
vencedor no leilão da concessão Usina Hidrelétrica de
Santo Antônio, no Rio Madeira. A ação preferencial da
Cemig caiu 3,29%.
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