São Paulo, sábado, 12 de janeiro de 2008

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Petróleo leva EUA a maior déficit em 14 meses

Preço médio do barril da commodity teve alta de US$ 7 em novembro na comparação com o mês anterior

DA REDAÇÃO

Os preços do barril de petróleo fizeram os EUA terem em novembro o maior déficit comercial em 14 meses. Apesar do aumento das exportações, os americanos compraram no exterior US$ 63,01 bilhões em bens e serviços a mais do que venderam no penúltimo mês de 2007, um aumento de 9,3% em relação a outubro e a maior marca desde setembro de 2005, quando ficou em US$ 64,15 bilhões.
As importações, puxadas pela cotação do petróleo, tiveram alta de 3% ante outubro, de US$ 199,45 bilhões para US$ 205,43 bilhões. Com o preço médio do barril subindo mais de US$ 7 na comparação com outubro, a importação da commodity alcançou US$ 24,17 bilhões em novembro, ante US$ 22,92 bilhões no mês anterior. Já as exportações do país tiveram pequena alta, de 0,4%, para US$ 142,31 bilhões.
O resultado de novembro torna mais improvável que o comércio tenha no quarto trimestre do ano passado o mesmo impacto no crescimento do PIB que registrou no avanço de julho a setembro. No terceiro trimestre de 2007, a economia americana se expandiu em 4,9% e o comércio contribuiu com 1,38 ponto percentual desse avanço.
O déficit com a China, um tema alvo de muita polêmica nos EUA, caiu no mês passado quase US$ 2 bilhões, para US$ 23,95 bilhões. Os EUA acusam a China de manter a desvalorizada sua moeda, o yuan, facilitando as exportações do país asiático e prejudicando as americanas.
O déficit comercial com a zona do euro também registrou queda, de US$ 9,24 bilhões para US$ 8,33 bilhões. O mesmo aconteceu nas relações comerciais com o Japão, em que o déficit encolheu de US$ 7,96 bilhões para US$ 7,13 bilhões.
Com o Brasil, os Estados Unidos tiveram um superávit de US$ 118 milhões em novembro, depois de terem alcançado um déficit de US$ 48 milhões no mês anterior. No acumulado de 11 meses, os americanos têm um déficit de US$ 1,565 bilhão.


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