MÔNICA BERGAMO
COLUNISTA DA FOLHA

O presidente da Vasp, Wagner Canhedo, não acredita que a possível fusão entre as empresas aéreas Varig e TAM, anunciada na semana passada, possa resolver os problemas do setor. "Não conheço bem a proposta, mas, da forma como foi anunciada, me parece inviável", diz.
Canhedo acredita que a operação -que prevê estudos minuciosos sobre a situação de cada empresa para só então concretizar a fusão- é "demorada e pouco objetiva".
"A situação é emergencial. A concorrência predatória causou uma sangria nas empresas, por causa da superoferta nos vôos. Ou esse processo é estancado imediatamente ou os doentes morrem."
Canhedo acredita que ao menos 40 aviões deveriam ser retirados imediatamente das rotas -hoje, as empresas mantêm cerca de 270 aeronaves em operação. "Quem vai retirar seus aviões do ar? Em quanto tempo? Nada disso está claro."


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