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FMI corta previsão de crescimento
global e teme guerra prolongada
DA REDAÇÃO
O FMI (Fundo Monetário Internacional) prevê que a economia mundial crescerá neste ano
de maneira mais acelerada do que
no ano passado, mas a expansão
provavelmente ficará abaixo do
estimado anteriormente. O cenário otimista não inclui uma guerra
prolongada no Iraque, porque, se
isso ocorrer, as perspectivas seriam drasticamente reduzidas.
"A recuperação mundial é mais
lenta do que o previsto", disse o
diretor-gerente do Fundo, Horst
Köhler. "Mas, excetuando uma
guerra prolongada no Oriente
Médio, o que é pouco provável,
conto com a continuidade da recuperação. Para 2003, espero um
crescimento da economia mundial ligeiramente acima do nível
do ano passado, de 3%."
No relatório semestral Perspectivas da Economia Mundial, publicado pela última vez em setembro, o Fundo projetava um crescimento mundial de 3,7% para este
ano. A nova edição do documento será divulgada no próximo dia
9, em Washington. Mas, segundo
informações vazadas à imprensa,
os economistas do FMI já teriam
revisado a taxa para 3,3%.
O diário econômico alemão
"Handelsblatt" informou ontem
que teve acesso ao esboço do relatório e, de acordo com o jornal, o
Fundo prevê "sérias consequências econômicas" no caso de uma
guerra no Iraque. Se o conflito se
estender e se espalhar para outras
áreas, até dois pontos percentuais
seriam subtraídos da taxa de crescimento mundial.
Para os economistas, uma expansão abaixo de 2,5% normalmente significa recessão mundial.
Se isso ocorrer, com admite o
Fundo, seria a segunda contração
na riqueza mundial em três anos.
Em 2001, na esteira da recessão
americana e dos ataques de 11 de
setembro, o mundo já havia experimentado sua primeira recessão
em uma década.
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