São Paulo, domingo, 12 de março de 2006

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MERCADO ABERTO

Desempenho da indústria cai em 2005

O desempenho operacional da indústria sofreu uma queda generalizada em 2005 em relação ao ano anterior. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortizações e depreciações) de um grupo formado por 25 empresas de seis setores caiu de 24,35% para 21,87% de 2004 para 2005, segundo prévia do Iedi sobre o desempenho geral da indústria no ano passado.
Todos os seis setores registraram queda do Ebitda. As maiores quedas ocorreram com as indústrias de papel e celulose, cuja margem caiu de 38,26% para 31,26%, e químicas, com redução de 19,54% para 14,91%. Os outros segmentos foram: alimentos, bebidas e fumo, material de transporte e siderurgia.
A rentabilidade (retorno sobre a receita líquida) das empresas também baixou, de 10,14% para 9,86% de 2004 para 2005. Os setores de papel e celulose e químico também foram os que mais sofreram nesse indicador.
Segundo o economista Júlio Sérgio Gomes de Almeida, do Iedi, a valorização do real está na raiz desse resultado. Ele chama a atenção para o comportamento do dólar. Em 2004, a cotação variou de R$ 2,88 para R$ 2,65, com a média ficando em torno de R$ 2,92. Já em 2005, a média foi de R$ 2,43, iniciando o ano em R$ 2,66 e finalizando em R$ 2,33.
O economista diz que essa valorização do real explica a queda do desempenho das empresas em 2005. Parte considerável do grupo de companhias pesquisadas pertence a setores cujas vendas competem com produtos importados, além do fato de muitas também terem grande parte da receita atrelada às exportações. "A sobrevalorização do câmbio afetou a rentabilidade das empresas exportadoras."
Já o endividamento líquido sobre o ativo total caiu de 21,19% em 2004 para 19,55% em 2005. Os destaques foram as quedas dos setores químico (de 20,96% para 17,26%) e siderúrgico (de 22,33% para 20,13%).

PRATO EXECUTIVO
Nada mais comum que um almoço de negócios entre executivos de grandes empresas. Com esse foco, o chef suíço Christophe Besse tem sido cada vez mais procurado por um serviço que tem no tempo economizado uma das vantagens: o chamado "catering" empresarial, uma refeição (seja almoço, jantar, "brunch", chá ou coquetel), com jeito e sabor de restaurante, servida dentro da empresa. "Fazemos almoço para um grupo de 4 até 50 pessoas", diz o chef, que está no Brasil desde 1987, mas não perdeu o sotaque. Entre os principais clientes estão executivos do mercado financeiro. "O "catering" é mais rápido. O cliente sai de uma reunião e já entra no almoço executivo." Entre as receitas estão iguarias como a terrine de fois gras e mosaico de linguado e salmão.

VINHO NA REDE
Depois de uma longa experiência no mercado imobiliário, o empresário Ricardo Bohn Gonçalves resolveu largar tudo e se dedicar ao seu maior hobby, o mundo dos vinhos. Gonçalves é dono da Wine School, uma escola de vinhos que promove aulas, palestras, degustações e eventos para empresas em São Paulo. Agora, ele criou uma nova bossa, a consultoria por e-mail. Quando experimenta um vinho e gosta, o empresário compra caixas da bebida, independentemente do preço, e oferece aos seus clientes pela internet. Se o cliente confiar no gosto de Gonçalves, ele responde a mensagem e faz a encomenda. "Não mando spam para ninguém. As dicas acontecem a cada semana ou 15 dias", explica.

EDUCAÇÃO
O empresário Antônio Ermírio de Moraes terá seu espetáculo "Acorda, Brasil", que conta a história da Sinfônica de Heliópolis, encenado em São Paulo em maio. A peça mostra que o melhor caminho para ajudar crianças que vivem em situação de risco social é investir na educação.

AMPLIAÇÃO
O presidente Lula participará da inauguração de duas linhas de produção de alumina, insumo utilizado na fabricação do alumínio, da Alunorte, uma empresa controlada pela Vale do Rio Doce. O evento será no dia 24, em Barcarena (Pará). Com as unidades, a Alunorte elevará a produção de 2,5 milhões para 4,3 milhões de toneladas de alumina por ano e saltará do quinto ao primeiro lugar no ranking mundial das refinarias do produto. O projeto de expansão teve investimentos de US$ 582 milhões.

CARNE MAGRA
O impacto dos embargos à carne brasileira no exterior já chega ao varejo. O setor de açougues registrou queda de 3,33% em São Paulo em fevereiro ante o mês anterior. O Índice de Preços no Varejo da Fecomercio SP indicou que as vendas de carne bovina caíram 2,66% nesse mês.

INCLUSÃO DIGITAL
Mato Grosso será o primeiro Estado do país a apostar na tecnologia "Thin Client" (computadores mais econômicos e compactos) para combater a exclusão digital na rede pública de ensino. Entrega neste mês 74 laboratórios de informática em escolas, após investir R$ 13 milhões.

MARCA BRASIL
Após um ano do lançamento, a Marca Brasil (logo de promoção comercial) atingiu 1.045 pedidos de uso -48,61% são de entidades do setor de turismo. Segundo a Embratur, um conselho de empresários a ser anunciado em um mês vai gerir os próximos passos de veiculação da marca.


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