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Indústria começa ano com faturamento 10,5% maior e 6 meses de venda em alta
LUCIANA OTONI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
As indústrias iniciaram o ano
em ritmo acelerado. De acordo
com a CNI (Confederação Nacional da Indústria), o faturamento do setor aumentou
10,5% em janeiro em comparação a igual mês do ano passado.
Com esse resultado, o maior
desde agosto de 2004, o setor
acumula seis meses consecutivos de alta das vendas.
O bom desempenho decorreu da necessidade de recomposição dos estoques e da demanda interna aquecida. Como
os estoques foram normalizados, para fevereiro e os meses
seguintes a CNI antecipa que
possivelmente as vendas não
irão manter um ritmo de expansão mensal de 10%.
"O crescimento de dois dígitos do faturamento é pontual e
não deve se manter", comentou
o gerente-executivo da entidade, Flávio Castelo Branco.
Os demais indicadores também registraram alta. Na comparação com janeiro de 2007, a
massa de salários ficou 7,5%
maior, as horas trabalhadas na
produção tiveram alta de 7%, e
o emprego ficou 5,2% maior.
Em janeiro, o uso da capacidade instalada no setor industrial, já descontados os efeitos
sazonais, foi de 83,1%. O percentual foi o mesmo registrado
em dezembro do ano passado e
dois pontos percentuais acima
do número de janeiro de 2007.
Na comparação entre janeiro
deste ano e igual mês do ano
passado, a variação setorial da
capacidade instalada se mostrou heterogênea. Dos 19 subsetores pesquisados, em 9 houve aumento do uso do parque
fabril, 8 se mantiveram estáveis
e o segmento das fábricas de
couros e calçados registrou
queda. Montadoras de veículos,
metalúrgicas, indústrias químicas, fábricas de alimentos e
de borracha foram os segmentos com maior uso da capacidade de produção.
Para o restante do ano, a CNI
considera dois cenários para o
comportamento da capacidade
instalada. No primeiro, com demanda interna aquecida, a
perspectiva é de estabilidade
em 83%. Caso haja enfraquecimento do consumo, a indicação
é de ligeiro recuo.
Em ambos os cenários, a entidade frisa que vai haver maturação de investimentos.
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