São Paulo, quarta-feira, 12 de março de 2008

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Indústria começa ano com faturamento 10,5% maior e 6 meses de venda em alta

LUCIANA OTONI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

As indústrias iniciaram o ano em ritmo acelerado. De acordo com a CNI (Confederação Nacional da Indústria), o faturamento do setor aumentou 10,5% em janeiro em comparação a igual mês do ano passado.
Com esse resultado, o maior desde agosto de 2004, o setor acumula seis meses consecutivos de alta das vendas.
O bom desempenho decorreu da necessidade de recomposição dos estoques e da demanda interna aquecida. Como os estoques foram normalizados, para fevereiro e os meses seguintes a CNI antecipa que possivelmente as vendas não irão manter um ritmo de expansão mensal de 10%.
"O crescimento de dois dígitos do faturamento é pontual e não deve se manter", comentou o gerente-executivo da entidade, Flávio Castelo Branco.
Os demais indicadores também registraram alta. Na comparação com janeiro de 2007, a massa de salários ficou 7,5% maior, as horas trabalhadas na produção tiveram alta de 7%, e o emprego ficou 5,2% maior.
Em janeiro, o uso da capacidade instalada no setor industrial, já descontados os efeitos sazonais, foi de 83,1%. O percentual foi o mesmo registrado em dezembro do ano passado e dois pontos percentuais acima do número de janeiro de 2007.
Na comparação entre janeiro deste ano e igual mês do ano passado, a variação setorial da capacidade instalada se mostrou heterogênea. Dos 19 subsetores pesquisados, em 9 houve aumento do uso do parque fabril, 8 se mantiveram estáveis e o segmento das fábricas de couros e calçados registrou queda. Montadoras de veículos, metalúrgicas, indústrias químicas, fábricas de alimentos e de borracha foram os segmentos com maior uso da capacidade de produção.
Para o restante do ano, a CNI considera dois cenários para o comportamento da capacidade instalada. No primeiro, com demanda interna aquecida, a perspectiva é de estabilidade em 83%. Caso haja enfraquecimento do consumo, a indicação é de ligeiro recuo.
Em ambos os cenários, a entidade frisa que vai haver maturação de investimentos.


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