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Venda on-line movimenta R$ 6,3 bi em 2007
Crescimento em 2007 em relação a 2006 foi de 43,2%; número de consumidores aumentou 35,7% no mesmo período
Títulos de CD, DVD e vídeo caíram da segunda para a sétima posição entre os mais vendidos por causa
da facilidade de download
TATIANA RESENDE
DA REDAÇÃO
Ao final de 2007, 9,5 milhões
de consumidores já haviam feito pelo menos uma compra pela internet, 35,7% a mais do que
em 2006, segundo levantamento da consultoria e-bit. Nesse
comparativo, a movimentação
do comércio eletrônico cresceu
43,2%, para R$ 6,3 bilhões.
Já o varejo convencional teve
expansão de 11,8% na receita
nominal. As compras on-line,
segundo estimativas do setor,
já representam cerca de 3% das
vendas totais do comércio.
Um dos motivos a favor da
web é o aumento do número de
brasileiros navegando na rede.
De acordo com o Ibope/NetRatings, em 2000 eram cerca de
9,8 milhões. Agora são 39 milhões -e 24,4% deles já são
consumidores "virtuais". Segundo Pedro Guasti, diretor-geral da e-bit, nos EUA esse patamar ultrapassa os 70%.
Além do mercado mais maduro, o consultor Marcos Gouvêa de Souza lembra que os
norte-americanos aprenderam
a comprar sem tocar os produtos devido às vendas por catálogo, modalidade com poucos
adeptos no Brasil, onde o
"aprendizado" vem pela web.
Para Guasti, quem está mais
perto de começar a comprar
pela rede são os usuários de internet banking porque, além de
terem acesso a um computador, estão em uma faixa de renda pelo menos razoável, já que
têm conta em banco, maior
probabilidade de possuir cartão de crédito e já venceram o
medo inicial da segurança dos
dados colocados na web.
Gerson Rolim, diretor-executivo da Câmara Brasileira de
Comércio Eletrônico, destaca
ainda que o crescimento nas
classes A e B será orgânico, ou
seja, apenas acompanhará o aumento da população nessa faixa, pois a maior parte dela já
aderiu às compras on-line.
Os consumidores que vão
manter o nicho em alta são os
das classes C e D, que ainda estão descobrindo esse canal.
As mulheres estão ampliando sua participação e passaram
de 43% (2006) para 46% dos
compradores. Com isso, diz Rolim, muda o perfil de consumo,
com alta nas vendas de vestuário, calçados e saúde e beleza. O
levantamento não considera as
vendas de veículos, passagens e
pacotes de turismo e leilões.
Fim dos CDs
Na divisão dos produtos pesquisados, CDs, DVDs e vídeos
caíram da segunda posição em
2006 para a sétima em 2007.
Isso mostra, segundo Guasti,
que "a mídia vem deixando de
ser a razão desse mercado" devido à facilidade de download,
principalmente de músicas.
Livros, revistas e jornais continuam no topo da lista, na qual
vem aumentando a participação de produtos com maior valor agregado, como itens de informática, eletrônicos e celulares, que apresentaram queda
de preço com a desvalorização
do dólar em relação ao real.
Em 2007, os preços dos produtos em geral vendidos on-line tiveram redução de 3,53%.
Para este semestre, a previsão é manter o ritmo de crescimento em 45%, com R$ 3,8 bilhões em receita, e alcançar
10,5 milhões de consumidores.
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