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ENERGIA 1
Cabral chora e diz que mudar royalties é irresponsabilidade
RAPHAEL GOMIDE
DA SUCURSAL DO RIO
O governador do Rio, Sérgio Cabral, chorou ontem,
em aula magna na PUC-RJ,
ao falar sobre a chamada
emenda Ibsen, aprovada anteontem na Câmara e que revê a atual distribuição da receita com exploração do petróleo nas áreas já em produção. A ex-governadora e prefeita de Campos (RJ), Rosinha Garotinho, liderou protesto que fechou a BR-101 e
causou engarrafamento.
Entre outras críticas em
tom indignado, Cabral afirmou que a aprovação da
emenda é "um linchamento
contra o Rio", "uma irresponsabilidade".
"O Estado do Rio recebe de
royalties e participações especiais mais de R$ 5 bilhões;
passa a ganhar R$ 100 milhões. Acaba todo o dinheiro
da previdência pública. Como a Câmara me aprova uma
loucura dessas?"
Segundo ele, o prejuízo terá grave impacto na economia do Estado, cujo Orçamento de 2010 é de R$ 46,3
bilhões -o montante de R$ 5
bilhões equivaleria a 10,8%.
"Esquece Olimpíada, esquece Copa, esquece tudo!
Acabou o Estado! Acabou!
Não estou de brincadeira,
não! Isso é a maior leviandade que a Câmara fez na história, desde a República! (...)
Nunca vi tanto desrespeito
ao princípio federativo (...) É
brincadeira de mau gosto!"
Em seguida, com o rosto
vermelho, começou a chorar.
Para o ministro Alexandre
Padilha (Relações Institucionais), o Senado vai dar
conta de resolver o conflito
federativo.
Se não conseguir alterar o
projeto que muda a distribuição de royalties no Senado, Lula vai vetá-lo.
Após reunião com o presidente, o líder do governo no
Senado, Romero Jucá
(PMDB-RR), reiterou que os
quatro projetos do pré-sal
serão votados em regime de
urgência na Casa. Com isso, a
votação deve ocorrer em no
máximo 45 dias.
O líder do PSDB na Casa,
Arthur Virgílio (AM), chamou a urgência de "cutelo" e
sinalizou obstrução. "Não vai
andar se for desse jeito."
Colaborou a Sucursal de Brasília
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